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Escola José Vieira Côrte comemora 100 anos de fundação

Atividades para celebrar o centenário serão realizadas neste sábado, 30

Fica no coração do bairro Santa Luzia, em Brusque, uma das unidades escolares mais importantes e ricas em história do município. Completando 100 anos de fundação, a Escola de Educação Fundamental José Vieira Côrte atende a quase 300 alunos do primeiro ao nono ano, tanto do Santa Luzia quanto da localidade de Nova Itália.

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Para celebrar a data, neste sábado, 30, será realizado um evento que conta com a participação dos alunos e do corpo docente da escola. A história será contada por meio de peça teatral. Haverá homenagens a ex-professores e ex-diretores, performances dos estudantes e entrega de uma placa alusiva ao centenário, além de um bolo comemorativo. O evento contará com a presença de Glauco Côrte, filho de José Vieira Côrte.

Os primeiros anos

Primeiro registro oficial da escola, em 1919. Foto: Arquivo

Desde sua fundação, em 1919, a escola tem um caráter comunitário. Além de ser pública, foi fruto de um anseio coletivo em proporcionar o conhecimento. Com terras doadas por moradores e estruturas rústicas de madeira construídas com o suor dos membros da comunidade, as primeiras fundações foram as raízes da agora centenária história do educandário.

Se hoje a José Vieira Côrte conta com laboratórios de ciência e informática, biblioteca, quadra de areia, ginásio e espaço para a recém-recuperada fanfarra da escola, deve-se aos entusiastas da educação do passado, que realizaram o sonho de levar instrução e sabedoria a todos.

Quem ainda guarda na memória recordações do desenvolvimento da escola é Estelita Maria Souza Dalcastagne. Quando ela chegou na José Vieira Côrte, em 1967, o local contava com apenas duas salas de aula para atender cerca de 120 crianças. “Eram poucas as famílias da localidade, mas sempre muito grandes. Cada casal passava dos dez filhos, e a escola precisava atender a todos”.

Estelita, inclusive, conheceu o homem que empresta o nome à escola. Segundo ela, o senhor José Vieira Côrte era um inspetor educacional, que visitava a escola anualmente para conferir questões documentais. “Era um homem sério, rígido, que prezava pela educação”.

O senhor José Vieira Côrte. Foto: Arquivo

Em 1971, Estelita foi responsável pela direção, ao mesmo tempo que dava aulas. Ela lembra que desde que começou a trabalhar na escola até quando se aposentou, já no fim dos anos 1980, havia muita dificuldade para o exercício da profissão.

“Antes de ser municipalizada ela era uma escola estadual, e os recursos dificilmente vinham. Tínhamos que realizar festividades, eventos escolares para conseguir angariar fundos. A própria prefeitura colaborava na época para podermos manter a escola”.

A ex-professora lembra da importância dos primeiros equipamentos tecnológicos que chegaram na escola, já no fim da década de 1980. “Ganhamos uma máquina de escrever e um mimeógrafo, e aquilo nos ajudou muito. Antes as cópias eram feitas na folha de carbono”.

Desafios atuais

Alunos produziram poemas e maquetes alusivos ao centenário. Foto: Cristóvão Vieira

Melhor estruturada e preparada para atender às demandas educacionais, a José Vieira Côrte dos tempos atuais prospera pelo zelo de seus administradores. Atualmente com a direção de Andréia de Souza Sgrott, a escola vem desenvolvendo projetos alusivos ao centenário desde o começo do ano, como poemas e maquetes da unidade escolar. “É importante para que os alunos possam valorizar a escola”.

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Segundo explica Andreia, hoje os desafios da atuação dos professores e diretores são outros. “Muitas vezes a escola precisa dividir atenção com a tecnologia. A escola tem suas limitações, não consegue competir de igual para igual com o smartphone, mas é nosso dever manter dos alunos disciplina e ensinar”.

Recentemente a escola reestruturou a sua banda para a fanfarra, que inclusive se apresentará no sábado à comunidade durante a comemoração do centenário.