Escolas de Brusque utilizam jogo que ensina a combater o Aedes aegypti
Implantação do Agente Mirim será feita gradativamente na rede municipal
Combater virtualmente o mosquito Aedes aegypti – transmissor de doenças como a dengue, chikungunya e zika virus. Esse é um dos principais objetivos do software educacional Agente Mirim, que foi lançado na tarde desta segunda-feira, 30, na Escola de Ensino Fundamental Ângelo Dognini, no Planalto.
O programa será implantado gradativamente em até 22 escolas do 1º ao 5º de Brusque. O Centro Municipal de Inclusão Digital (Cmid) também terá a ferramenta e a disponibilizará para a comunidade.
O software, adquirido em parceria pelas secretarias de Educação e Saúde, é pioneiro no Brasil e pode ser utilizado em computadores e no celular. O diretor do projeto, Ivan Borgonha, diz que a plataforma é de fácil navegabilidade e que os alunos vão aprender se divertindo.
Ele explica que o jogo tem várias fases, onde os principais conceitos sobre o que é o mosquito e como eliminar os focos são ensinados de forma lúdica. “As crianças vão se sentir confortáveis ao jogar, pois faz parte de um cenário que elas conhecem. Aprenderão e se tornarão um agente mirim de saúde”.
Borgonha afirma que esse é um processo de “gamificação” da educação que, segundo ele, é uma tendência. “O uso de games na educação é o futuro e poder participar desta construção nos faz nos sentir bem. Sabemos que contribui para que quando a criança, o adolescente, vê um pneu na rua, por exemplo, sabe que deve recolhê-lo”.
O secretário de Educação, Ivanor de Mendonça diz que o software é mais um recurso que pode ser trabalhado dentro de sala de aula. Ele afirma que o tema já vem sendo abordado interdisciplinarmente e que a tecnologia é um importante aliado para o conhecimento. “O software é simples, mas fundamental nos projetos sobre a dengue que já são desenvolvidos”.
O prefeito interino Roberto Prudêncio Neto afirma que o município é o primeiro a ter um aplicativo que aborda uma questão tão séria quanto o Aedes aegypti. “É fácil de aprender e interagir. Os estudantes vão ensinar os pais, que poderão fazer mutirões nos bairros. Certamente farão bom uso e combaterão este mosquito que faz tão mal”.
Subsídio para aprendizagem
A diretora da escola Ângelo Dognini, Maria Ivone Crespi Noldin, diz que a iniciativa só vem a somar na formação dos alunos. Ela considera que por ser um jogo, as crianças absorvem mais facilmente o conteúdo. A professora Gisele Smanioto afirma que o game atrai mais a atenção das crianças. “É mais um subsídio que prolonga o aprendizado dos estudantes”.
Os alunos Vinicius da Cruz Ramos, e Arthur Guilherme Goies, ambos com 10 anos, gostaram da nova ferramenta. “Não podemos deixar os potinhos abertos para não acumular água”, diz Ramos, em alusão ao game.
Kaiane Beatriz Immianoswky, 11 anos, diz que o aprendizado que tem por meio do jogo será levado para casa. Ela conta que o game permite que o estudante possa encontrar objetos que acumulem água. “Gostei muito. É fácil e ajuda a sabermos o que temos que fazer para acabar com o mosquito”.