Escolas de idiomas de Brusque enfrentam evasão e baixa procura em meio à pandemia

Setor registrou 27 desligamentos de postos de trabalho formais de abril até julho

Escolas de idiomas de Brusque enfrentam evasão e baixa procura em meio à pandemia

Setor registrou 27 desligamentos de postos de trabalho formais de abril até julho

As escolas de idiomas de Brusque estão enfrentando dificuldades em meio à crise causada pelo novo coronavírus. A evasão dos alunos e a baixa procura têm sido um grande desafio para as instituições, porque afeta diretamente a receita.

De abril até julho deste ano, o setor registrou 27 desligamentos de postos de trabalho formais, segundo dados do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged). Com 13 admissões durante o mesmo período, o saldo do setor ficou em 14 negativos.

Há 21 anos atuando no município, a Big Ben Idiomas é uma das escolas que teve o quadro reduzido devido à crise causada pelo novo coronavírus. O administrador Murilo Kreusch explica que, além dos desligamentos, a escola também aderiu ao programa do governo de redução de horas no início da pandemia.

A Link Idiomas ainda não teve desligamentos por conta da pandemia. Segundo a diretora da escola, Karina Ristow Kohler, a instituição aderiu aos programas oferecidos pelo governo e tem se mantido desta forma.

O mesmo ocorreu com a unidade da Wizard em Brusque. O proprietário, José Aparecido Lehn, comenta que até o momento nenhum profissional foi demitido. A empresa também aderiu ao programa de redução de horas do governo federal.

Procura por cursos de idioma cai em 2020

Um dos fatores para a dificuldade financeira enfrentada pelas escolas de idiomas na cidade é a baixa procura por cursos de idiomas. O administrador da Big Ben diz que em meio à crise as pessoas estão cortando gastos que não consideram prioridade, o que inclui o investimento no aprendizado de uma nova língua.

Além da falta de novos alunos, há também a evasão dos que já estavam matriculados. Karina conta que na Link a evasão foi baixa nas filiais da escola, que ficam nos bairros Águas Claras e Dom Joaquim, por terem alunos mais jovens.

Já na matriz, no Centro, a evasão foi maior. A diretora da escola, Karina Ristow Kohler, explica que como os alunos, em sua maioria crianças, ficavam por mais tempo na escola, os pais suspenderam a inscrição durante este período, mas a expectativa é de que muitos voltem quando as atividades retornarem presencialmente.

Na Wizard, houve evasão de alunos e trancamento de matrículas. O proprietário da escola avalia que há muitos motivos para a saída, mas muitos acabam tomando a decisão pela situação financeira.

O proprietário da escola comenta que um novo idioma deveria ser uma das prioridades porque o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e os profissionais precisam estar preparados.

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