Escolas de idiomas e cursos profissionalizantes reivindicam retorno das aulas
Manifesto foi enviado ao governador Carlos Moisés
Manifesto foi enviado ao governador Carlos Moisés
Em combate ao coronavírus, o governo do estado suspendeu as aulas presenciais de todas as escolas do estado, até 31 de maio. Neste caso, se incluem as escolas de idiomas e cursos profissionalizantes, que redigiram um manifesto ao governador Carlos Moisés, enviado no dia 23 de abril.
O manifesto conta com o apoio de 150 escolas de várias cidades de Santa Catarina, e pede que o retorno das aulas presenciais seja o mais breve possível. A justificativa é que devido ao menor fluxo de pessoas e quantidade de alunos nas salas de aula, é possível trabalhar com as medidas de prevenção.
No documento, destaca-se ainda que a proibição do funcionamento das escolas de cursos livres foi realizada sem critérios claros, ferindo o princípio constitucional da isonomia.
De acordo com José Aparecido Lehn, proprietário da Wizard de Brusque e apoiador do manifesto, não foi recebida resposta do governador em relação ao primeiro ofício. Desta forma, o núcleo enviou um novo manifesto na terça-feira, 5, ao Secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, Secretário de Administração, Jorge Eduardo Tasca e à Secretária de Saúde.
Lehn destaca que não é possível comparar uma escola regular, que atende até 30 alunos em um mesmo espaço e durante meio ou até mesmo um período, com uma escola de cursos livres. No caso da escola dele, oito é a quantidade máxima de alunos por aula, que geralmente são lecionadas entre uma a duas horas.
Na Wizard, ele informa que as aulas estão sendo ministradas online, mas nem todos os alunos aderem ao método devido às aulas regulares estarem no mesmo formato. Segundo Lehn, isso acarreta em uma sobrecarga tanto dos estudantes, quanto dos pais dos alunos mais jovens.
Para Lehn, mesmo com a possível volta das aulas presenciais, que deve ser realizada com diversos procedimentos de prevenção, ficará a cargo do estudante escolher qual opção irá tomar, pois “queremos o que for melhor para os alunos neste momento”, finaliza.
Conforme o manifesto, há a sugestão de diversas medidas preventivas para o funcionamento seguro do segmento, baseadas nas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros órgãos responsáveis.
Entre elas, disponibilizar álcool gel na entrada da escola, garantir a distância de 1,5 metro entre as pessoas, garantir o uso de máscara por todos os alunos e funcionários, bloquear o acesso de pessoas que apresentem sintomas de coronavírus, e pessoas do grupo de risco. As áreas de contato, como mesas, maçanetas, cadeiras, serão esterilizadas com solução alcoólica 70% após cada aula.