Catarinense 1992 – Há 30 anos, o Gigantinho vinha abaixo com o Bruscão
Especial traz cinco matérias com histórias de personagens que participaram daquela conquista
Em 13 de dezembro de 1992, Brusque parou para vibrar com um jogo que entrou para a história do esporte do município e celebrar uma conquista inesquecível: o Campeonato Catarinense do Brusque Futebol Clube, vencendo o Avaí no jogo de volta da final, com o estádio Augusto Bauer abarrotado de torcedores. Aquela campanha colocou o quadricolor na galeria de campeões estaduais, com um renome que, ao longo da história, o permitiu sobreviver nos momentos mais difíceis. Sem 1992, talvez 2022 não tivesse existido.
A primeira fase daquele campeonato se chamava Taça Governador do Estado, e era dividida em dois turnos. O primeiro turno era a Taça Cidade de Brusque: dois grupos, nos quais as equipes jogavam dentro dos próprios grupos duas vezes com cada adversário, em casa e fora.
No Grupo A, o quadricolor foi o terceiro colocado, atrás de Araranguá e Marcílio Dias, à frente de Chapecoense, Inter de Lages, Joinville e Concórdia. O Criciúma foi campeão da Taça Cidade de Brusque, em final contra o Araranguá.
O segundo turno era a Taça Cidade de Lages, com os mesmos grupos. Contudo, as equipes dos Grupos A e B se enfrentavam. O quadricolor foi o quarto colocado, e o Criciúma venceu a final contra o Joinville.
Com o título da Copa Santa Catarina, o Brusque ganhou um ponto, que o alçou ao segundo lugar na classificação geral, somando as Taças Cidade de Lages e Cidade de Brusque. Desta forma, a equipe se credenciou a disputar a Taça Governador do Estado, mas perdeu para o Criciúma, que foi campeão da primeira fase.
Contudo, a segunda posição na classificação geral permitiu ao Brusque as vantagens como mandante no mata-mata valendo o título estadual. Podia perder por qualquer placar um jogo de ida, desde que vencesse a volta por qualquer placar e garantisse ao menos um empate na prorrogação.
O quadricolor foi enorme, despachando a Chapecoense e o Marcílio Dias em confrontos marcados na memória dos jogadores e da comissão técnica. Na final, a história é muito conhecida. Depois da derrota na Ressacada, o Brusque venceu o Avaí no Gigantinho por 2 a 1 no tempo normal, belos gols de Jair Bala e Washington.
Na prorrogação, bastava o empate, mas Cláudio Freitas resolveu escrever seu nome na história com todo o capricho e uma frieza polar. Weber chutou, Carlão defendeu, e o craque dominou, fez o corte na pequena área, colocou para dentro e pôs o Augusto Bauer abaixo.
Em mais este especial de O Município, estão as segundas partes de entrevistas com Palmito, Joubert Pereira e Carlos Alberto (personagens presentes no especial da Copa SC de 1992), além de matérias com o ex-zagueiro Solis e o ex-atacante Neilor. As ilustrações são de Ed Carlos Santana.
Boa leitura!
A final
Brusque 2×1(1×0 pro.) Avaí
Domingo, 13 de dezembro de 1992
Estádio Augusto Bauer
Público: 4.357
Renda: Cr$ 161.010.000
Jogo de ida: Avaí 1×0 Brusque
Brusque: Carlos Alberto; Edson d’Ávila (Weber), Clésio, Solis, Washington; Müller, Cidão, Palmito; Cláudio Freitas, Jair Bala (Zé Ricardo) e Neilor.
Técnico: Joubert Pereira
Avaí: Carlão; Netinho, Roberto Silva (Polaco), Gérson, Roberto Nunes (Márcio); Villas, Belmonte, Adílson Heleno, Jerry; Claudionir e Albeneir.
Técnico: Sérgio Lopes
Árbitro: Dalmo Bozzano
Gols: Jair Bala (12′-2ºt), Washington (17′-2ºt) e Claudio Freitas (11′-2ºt pro.); Gerson (35′-2ºt)
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