Especialistas avaliam as calçadas da Bepe Rosa para a prática de corridas e caminhadas

Entre às 18h e às 21h, milhares de pessoas lotam as calçadas da Bepe Rosa em busca de boa forma e qualidade de vida

Especialistas avaliam as calçadas da Bepe Rosa para a prática de corridas e caminhadas

Entre às 18h e às 21h, milhares de pessoas lotam as calçadas da Bepe Rosa em busca de boa forma e qualidade de vida

O adeus aos dias frios e a chegada da primavera são os pontapés iniciais para o aumento no fluxo de esportistas na avenida Beira Rio. O crescimento é ainda mais intenso a partir de outubro devido ao horário de verão. Entre às 18h e às 21h, milhares de pessoas lotam as calçadas da Bepe Rosa em busca de boa forma e qualidade de vida.

Carlos Roberto Alves, de 65 anos, é um dos esportistas, entretanto, o aposentado prefere percorrer o trecho da Bepe Rosa pela manhã. Três vezes por semana, durante uma hora, ele alterna corridas e caminhadas. Morador do Bairro São Pedro, seu Carlos se desloca de bicicleta até a Beira Rio. Para correr e caminhar, o aposentado estaciona a bike na Academia da Terceira Idade (ATI) localizada em frente à Arena Brusque.

A rotina de exercícios não é recente na vida do esportista. Há 40 anos, ele pratica atividades físicas e garante: as corridas e as caminhadas melhoram a saúde. O aposentado percorre a Bepe Rosa há pouco mais de 8 anos, ou seja, acompanhou as recentes reestruturações da calçada. As pedras portuguesas – antigo material – colocadas na década de 90 foram substituídas por concreto. Para o aposentado, a mudança trouxe mais segurança às corridas e caminhadas.

“As pedras que tinham antes se soltavam muito por causa das chuvas e do tempo em si. Então sempre tinha de fazer manutenção. Outra questão é que como eram várias pedrinhas, nós corríamos o risco de torcer o pé e provocar alguma lesão. A reconstrução melhorou a calçada”, aprova.

Por apresentar superfície mais lisa em comparação às pedras portuguesas, a calçada de concreto é mais indicada para a prática de corridas e de caminhadas. É o que afirma o professor do curso de Educação Física da Unifebe, Jusemar Benedet. A indicação é direcionada principalmente a pessoas idosas, que têm mais dificuldade de equilibro do que os jovens.

“Nas pedras portuguesas, os idosos podem correr mais riscos de tropeçar e de sofrer uma queda. A calçada de concreto realmente é mais agradável para caminhar. Mesmo assim, entre não praticar exercício e praticar em uma calçada não tão agradável, deve-se praticar. Tem de ter mais cuidado e, independente da calçada, deve-se usar tênis confortáveis com amortecedor”, explica.

Também adepta das atividades físicas, a empresária Elisiani Lunardelli, de 40 anos, corre todos os dias na Bepe Rosa. Assim como seu Carlos, ela aprova a substituição das calçadas. Entretanto, diferente do aposentado, a empresária não alonga antes dos exercícios, apenas inicia o percurso com uma caminhada leve para, depois, aumentar a intensidade.

De acordo com o professor de Educação Física, as atividades de Elisiani estão corretas, mesmo sem o alongamento. Benedet explica que o alongamento não aquece o metabolismo para a prática de exercícios mais intensos, como a corrida. Por isto, é importante realizar o aquecimento antes da prática.

“O alongamento pode fazer parte de um aquecimento. Pode-se primeiro alongar, para depois aquecer e então praticar o exercício. O ideal é que comece devagar a caminhada para aquecer bem e então aumente o fluxo. Não necessariamente precisa do alongamento, mas o aquecimento é fundamental para o metabolismo”, afirma.

Além de elogiar a estrutura da calçada para a prática de exercícios, a empresária também aprova o modelo do passeio compartilhado – ciclistas e pedestres ocupam o mesmo espaço divididos apenas com uma linha – empregado ao longo de toda a calçada. Segundo ela, o espaço é suficiente para bicicletas e pessoas.

Diferente da empresária, o engenheiro civil Murilo Cecconello achou os espaços “meio estreitos”. O ideal seria aumentar mais quatro metros a largura da calçada. Porém, ele diz que a largura implantada no local era a única alternativa em virtude do espaço disponível. A rua e o rio impedem que a calçada seja ampliada.

“Há soluções melhores, mas os custos seriam astronômicos. Pode não ter ficado 100%, mas dentro do espaço físico disponível e dentro do orçamento, eu acredito que tenha sido a melhor solução”, afirma.
Obras na calçada

Ainda há um pequeno trecho de pedras portuguesas nas calçadas da Bepe Rosa, próximo à Viva Sport Academia. Segundo o secretário de Obras, Gilmar Vilamoski, o local não foi concretado porque fará parte do conjunto de obras do binário do bairro Santa Terezinha. O plano é mudar a inclinação da rampa de acesso à rua França e, consequentemente, levantar a calçada.

“Aquela rampa é muito inclinada e gera muita insegurança aos motoristas, porque ela está no sentido contrário ao trânsito, e o motorista que vai acessá-la não tem muita visão. É uma curva bastante perigosa. Então como sabíamos que aquele trecho seriado modificado, deixamos com o material antigo para não gastar recurso em vão”, explica.

A licitação, de acordo com Vilamoski, será feita ainda este ano e as obras devem começar no início de 2015. Quanto à substituição das calçadas da Arno Carlos Gracher, ainda não há previsão. Apenas o trecho em frente à Honda Takai – destruído devido às enchentes – receberá o novo material. As obras no espaço deverão iniciar no primeiro semestre de 2015.

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