Especialistas recomendam cuidados com fogos de artifício

Cerca de 10% dos acidentes acabam com amputação de dedo ou da mão

Especialistas recomendam cuidados com fogos de artifício

Cerca de 10% dos acidentes acabam com amputação de dedo ou da mão

Com os festejos juninos, o número de acidentes provocados por fogos de artifício triplica no país. Santa Catarina está entre os dez estados com maior número de registros de hospitalização em quatro anos – 44 casos. Os dados são da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot).

O presidente da Sbot, Marco Antônio Percope, explica que a principal causa de acidentes se dá ao fato das pessoas deixarem de ler e respeitar o que a fábrica ou o local de venda desses produtos recomenda. O resultado, segundo ele, é o aumento de traumas ortopédicos registrados nas emergências dos hospitais nesse período do ano, sendo que a amputação de membros é o mais grave dos traumas.

Percope afirma ainda que há riscos de queimaduras nos olhos, inclusive com perda de visão, e problemas auditivos gerados por estampidos. Além disso, queimaduras também são frequentes. Cerca de 10% dos casos registram também a amputação de dedo ou da própria mão. “É um problema de saúde pública sério porque ocorre em todo o país”, diz o presidente da Sbot.

O Corpo de Bombeiros de Brusque recomenda que o cidadão que deseja fazer uso de fogos deve comprá-los em lojas especializadas, certificadas para a venda do produto. Ele também orienta que o uso do foguete deve ser feito por pessoas maior de idade, numa área aberta, sem concentração de pessoas e edificações, longe de combustíveis e infláveis.

Brusque na contramão

Em Brusque, o comandante do Corpo de Bombeiros, tenente Hugo Manfrin Dalossi, diz que não há registros exatos de acidentes provocados por fogos de artifício, porém, ele afirma que as ocorrências são provocadas, na grande maioria, por crianças e adolescentes.

No Hospital e Maternidade Evangélico de Brusque, o enfermeiro coordenador do Pronto Atendimento, Vanderlei Firmo Gomes, diz que a incidência é muito baixa. Ele afirma que em dois anos foram cerca de dois atendimentos.

No Hospital Azambuja, o administrador Fabiano Amorim avalia que os brusquenses não têm tradição de soltar fogos de artifício nessa época. Consequentemente, segundo ele, não há registros de acidentes neste período. No entanto, no fim do ano há mais ocorrências.


20160701-29

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