Espetáculo teatral Paixão e Morte de Um Homem Livre é adiado para 2022

Diretoria da Associação Artística Cultural São Pedro tomou a decisão em função da pandemia

Espetáculo teatral Paixão e Morte de Um Homem Livre é adiado para 2022

Diretoria da Associação Artística Cultural São Pedro tomou a decisão em função da pandemia

Devido à pandemia provocada pelo coronavírus, a tradição de realizar o espetáculo teatral “Paixão e Morte de Um Homem Livre” nos anos ímpares será adiada para a Páscoa de 2022.

A Associação Artística Cultural São Pedro (AACSP) decidiu adiar a 23ª edição do espetáculo. Até então, o projeto seguia em andamento e já tem seu roteiro escrito e aprovado, bem como a formação de todas as equipes de trabalho.

“O espetáculo seria apresentado em abril de 2021 mas, infelizmente, precisamos prorrogá-lo para 2022. Lamentamos por esta decisão, mas dentro da atual realidade, é algo que se faz necessário”, comenta o presidente da AACSP, Marcelo do Nascimento.

A última edição, apresentada nos dias 18 e 19 de abril de 2019, no pátio da igreja São Cristóvão, no bairro Aymoré, em Guabiruba, reuniu mais de nove mil pessoas.

Logo em seguida foi feito um encontro de avaliação e, três meses depois, iniciaram os trabalhos, vislumbrando o espetáculo de 2021. Em setembro de 2019, foram montadas as equipes e iniciada a construção do novo roteiro.

“Cada edição apresenta uma narrativa diferente sobre a vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus. É assim que o espetáculo se renova e traz ao público surpresas, novos sentimentos e muita emoção. Podemos adiantar que o teatro, em 2022, será narrado por uma criança”, revela Marcelo.

Aprovado em dezembro do ano passado, o novo roteiro foi escrito em conjunto, pela atual diretora do projeto, Rejane Habitzreuter Schlindwein, com contribuição de profissionais da Fundação Cultural de Guabiruba e seminaristas do Convento Sagrado Coração de Jesus, em Brusque.

Isolamento social

Para dar sequência ao projeto, as próximas etapas dependeriam de trabalho e de ensaios em grupos, o que não é permitido pelas orientações de distanciamento social. Desta forma, a empresa Prisma Cultural, que presta serviços para a associação junto ao Ministério da Cultura, conseguiu a prorrogação do espetáculo para 2022.

“Fomos atendidos, até porque não há certeza se, na Páscoa do ano que vem, já poderíamos juntar quatro mil pessoas no mesmo lugar. Acreditamos que não haverá esta liberação antes de uma possível vacina. Por isso optamos em seguir com a prorrogação. Para quem vive o espetáculo é uma decisão dolorosa e triste”, enfatiza Marcelo.

O presidente da AACSP agradeceu o empenho de cada pessoa envolvida no projeto, das empresas patrocinadoras e da comunidade em geral. Ele reforça que a decisão só foi tomada depois de uma avaliação minuciosa, que levou em consideração todos os prós e contras que envolviam a continuidade da apresentação no próximo ano.

“Tenham certeza de que, em 2022, o espetáculo será maravilhoso e feito com muito carinho, para nos fazer esquecer um pouco do que tem sido este ano e nos permitir sonhar sempre com dias melhores”, enfatiza.

Folclore

De acordo com o presidente da AACSP, havia grandes expectativas para este ano. Havia o apoio dos membros da entidade, mas também das empresas do município e da região, mantenedoras da associação através de projetos de incentivo fiscal.

“Demos então andamento à confecção de novos trajes típicos para nossos dois grupos folclóricos: o alemão Alle Tanzen Zusammen (ATZ) e o italiano Tutti Buona Gente (TBG). Os trajes, com riqueza de detalhes da região de onde são oriundos, foram produzidos no Rio Grande do Sul e seriam utilizados no Festival de Danças Folclóricas, que ocorre junto à Festa da Integração, em Guabiruba”, conta Marcelo.

Mas, diante da pandemia, o evento foi cancelado. E as empresas, surpreendidas pela crise, não dispunham de recursos para colaborar com o projeto. Ao todo, os 60 trajes custaram R$ 130 mil.

“Temos o auxílio anual que recebemos da prefeitura, através da Fundação Cultural. Também já tivemos um percentual de captação através do projeto aprovado na Lei Rouanet. Ainda assim, nos resta uma dívida de quase R$ 50 mil e seguimos em captação. Empresas de lucro real podem contribuir com o projeto através do repasse de até 4% de seu imposto devido”, pontua Marcelo.


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