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Esposa, filho e mais dois são acusados de matar Natal Avi no fim de semana

A vítima foi morta dentro da própria casa, em Botuverá

A Polícia Civil, através da Divisão de Investigações Criminais (DIC), apresentou na manhã desta terça-feira, 17, os três envolvidos na morte de Natal Avi, 54, ocorrida na sexta-feira, 13, e que teve seu corpo encontrado na manhã de sábado, 14, na rua Ernesto Bianchini, no bairro Rio Branco, jogado em um barranco.

A esposa Maria de Fátima Legal, 52, o filho Eduardo Avi, 24 e Cleon Betim dos Santos, 23, estão presos e admitiram o crime. Um adolescente também participou do assassinato e está sendo investigada sua participação no caso.

O delegado Alex Bonfim Reis, titular da DIC, explicou que as provas colhidas são fartas e que a motivação para a morte de Natal foi para que o filho e a esposa, que vivia há mais de 36 anos com a vítima e sofriam violência física constante, ficassem com a herança.

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Já o homem contratado receberia R$ 1 mil em dinheiro, um veículo e um imóvel pela participação na morte. O menor estava junto na execução de Natal e sua participação efetiva será esclarecida.

Cronologia do crime

Na sexta-feira, Natal chegou em casa por volta das 19h após passar por uma cancha de bocha e comprar dois espetinhos. Após tomar banho e comer, foi se deitar. Um pouco mais tarde, por volta das 21h, segundo o delegado da DIC, o filho Eduardo pediu para que a mãe acordasse o pai, alegando que seu veículo, um Pálio Weekend, estava com problemas e precisava da ajuda de Natal.

Assim que levantou e foi ajudar o filho, a vítima teria levado um golpe na cabeça e já caiu desmaiado. O corpo foi colocado na Ecosport, de cor prata e placas de Botuverá, pertencente à vítima, seguindo para o local onde o corpo foi lançado no barranco.

O Palio Weekend foi logo atrás, dando cobertura. Enquanto o corpo era levado pelos autores, Maria de Fátima fazia a limpeza do sangue, enterrando inclusive algumas peças que ficaram mais encharcadas.

Quando o filho e o homem contratado para a execução retornaram, foi a esposa que montou a farsa que seria contada aos parentes e para a polícia, dizendo que a vítima tinha saído para comprar óleo em um posto, por volta das 21h30, e não retornado mais.

Segundo o delegado Reis, câmeras de segurança ajudaram a esclarecer o crime, que teve ainda a participação da Polícia Militar e do Instituto Geral de Perícias (IGP). Ele relatou que foram realizados exames com luminol que apontaram a presença de sangue em vários locais da residência, inclusive no aparelho de ar condicionado.

Para concluir, o delegado disse que os três envolvidos vão responder por homicídio triplamente qualificado e corrupção de menores, enquanto Leon ainda responderá por furto, já que teria se apossado do dinheiro que Natal tinha na carteira.

A Justiça decretou a prisão preventiva dos três e eles serão encaminhados para a Unidade Prisional Avançada (UPA) de Brusque (os homens) e a mulher para um presídio feminino.