“Está controlado”, diz infectologista sobre situação da Covid-19 em Brusque
Conforme boletim de 30 de setembro, Brusque possui 28 casos ativos da doença
O médico infectologista Ricardo Alexandre Freitas fez uma avaliação sobre a situação da pandemia em Brusque. Conforme Ricardo, a Covid-19 está controlada na cidade, levando em consideração os baixos números de novos casos.
De acordo com o boletim da Covid-19, divulgado na sexta-feira, 30, com dados referentes a dias entre 24 e 30 setembro, Brusque registrou apenas dez novos casos da doença.
Ainda conforme o boletim, há 28 casos ativos e nenhum paciente está internado. Mais de 45 mil moradores de Brusque foram infectados pela doença. Foram registrados 362 óbitos.
“Está controlado. São casos muito leves, que felizmente não precisam de internação. Quando as pessoas procuram o serviço de saúde, mantemos o isolamento delas quando sabemos do diagnóstico”, comenta o infectologista.
Ricardo afirma que acredita que há casos em que a pessoa infectada pela Covid-19 sequer procura o serviço de saúde e circula livremente pela cidade com a doença ativa. Mesmo com esta possibilidade, o coronavírus não voltou a se proliferar como era antes.
Recomendações
Caso a pessoa esteja com sintomas respiratórios de Covid-19, a recomendação de uso de máscara segue a mesma. Ricardo recomenda, ainda, que a pessoa procure atendimento nos serviços de saúde para que seja avaliada a necessidade de isolamento.
“A principal recomendação é a mesma que a de antes da pandemia. Ou seja, se a pessoa tem algum sintoma respiratório, ela deveria usar máscara e procurar o serviço de saúde, para saber, afinal, o que ela tem”, afirma.
Ele comenta ainda que há pessoas que não se vacinaram e ressalta, também, a necessidade de vacinação contra o H1N1. Em meio à preocupação com a Covid-19, moradores deixaram de procurar o imunizante contra a doença, conforme detalha o infectologista.
Atualmente, não é mais obrigatório o uso de máscara em nenhum lugar em Brusque, conforme explica o infectologista. No entanto, a recomendação para uso da proteção segue principalmente nos serviços de saúde, apesar de não ser obrigatório.
Volta da Covid-19
Ricardo diz que, em um eventual retorno da Covid-19, o poder público possui estrutura pronta para emergência. Entretanto, ele avalia que atualmente é possível “seguir a vida normal” e acredita que a doença não deve voltar com a mesma intensidade que a de 2020. Atualmente, a prefeitura monitora outras doenças na região, como a hantavirose.
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“Acredito que a população mundial teve contato com a Covid-19, seja pela doença ou pelo contato com alguém infectado. Então, o sistema imunológico das pessoas conseguiu desenvolver uma certa defesa contra a Covid-19”, afirma.
No entanto, a possibilidade de um novo surto da doença citada pelo infectologista seria uma eventual nova mutação da Covid-19, surgindo um “SARS-CoV-3”, conforme exemplifica, ou uma situação que ainda não há vacina.
“Este risco sempre vai existir. Essas doenças respiratórias são muito difíceis de controlar, porque elas se espalham facilmente”, diz. Ele, porém, acredita que a Covid-19 deve seguir semelhante ao H1N1, em que há casos, mas a letalidade é baixa.
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