Estações inteligentes de Brusque ainda não funcionam completamente

Teste para carregamento de veículo elétrico ainda não foi feito; botão de SOS depende de acordo com a Polícia Militar

Estações inteligentes de Brusque ainda não funcionam completamente

Teste para carregamento de veículo elétrico ainda não foi feito; botão de SOS depende de acordo com a Polícia Militar

As três estações inteligentes instaladas em Brusque numa parceria entre o município e a Engagement Global – agência alemã que trabalha com políticas de desenvolvimento a nível nacional e mundial – ainda não estão funcionando completamente, quatro meses após o início de suas atividades. Os objetos possuem iluminação em luz LED, internet, sensor de grandezas naturais, temperatura, carregamento de veículos elétricos e botão SOS para emergências.

Uma das funcionalidades é o abastecimento de veículos elétricos, que ainda não foi testada por falta de automóveis deste tipo em Brusque e região. O superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema), Cristiano Olinger, aguarda a visita de um membro da Smight, empresa que produz as estações, para que os testes sejam enfim realizados.

“A princípio, o carregamento será liberado para quem quiser. Serve de incentivo. No futuro, quando houver mais carros elétricos na frota de Brusque, será necessário um cadastro, com cartão, para ter acesso à energia. O custo seria descontado junto ao cartão de crédito ou débito”, explica. As estações são do modelo Base Tower, da empresa alemã Smight.

Outra função das estações é o sensor de grandezas naturais, que incluem temperatura, umidade, emissão sonora, luminosidade, pressão atmosférica, nível de partículas sólidas (poeira) no ar, de dióxido de carbono e de ozônio. A expectativa é de que os dados passem a ser monitorados pela Fundema e pela Unifebe.

No entanto, dois dos três postes mostraram medições erradas, pelo menos as referentes à temperatura. Na tarde de 20 de fevereiro, o termômetro da estação da praça Barão de Schneeburg indicou 42°C, enquanto que na Unifebe a temperatura registrada foi de 41°. Apenas a estação da praça do Sesquicentenário estava próxima da realidade, mostrando 33°.

A única estação que não está com a internet via wi-fi funcionando é a da Unifebe. Nos testes realizados pelo jornal O Município, a rede não foi identificada. Nas outras duas, basta conectar o dispositivo à rede aberta “Sm!ght”. Ambas possuem longo alcance.

Ainda há o botão SOS, para ser acionado em caso de emergência e estabelecer uma ligação com uma central da Polícia Militar. No entanto, ainda é necessário firmar um acordo para que o atendimento possa ser realizado.

A Engagement Global custeou 90% do projeto total de desenvolvimento urbano sustentável, no valor de 290,3 mil euros, enquanto o município arcou com 32,3 mil euros (aproximadamente R$ 130,1 mil) para instalação e manutenção.

As estações inteligentes compõem uma parte do plano de ação, referente às energias renováveis e eficiência energética. Outra etapa é substituir parte da iluminação pública por lâmpadas de LED, que incluirá o pátio da Unifebe e a avenida Cônsul Carlos Renaux, no centro de Brusque.

Praça Sesquicentenário
Wi-fi: funciona normalmente
Sensores: funcionam normalmente

Praça Barão de Schneeburg
Wi-fi: funciona normalmente
Sensores: termômetro registra temperatura acima da real (41°C)

Unifebe
Wi-fi: rede aberta Sm!ght não detectada
Sensores: termômetro registra temperatura acima da real (41°C)

Parceria
A Engagement Global também financiou uma parceria entre Brusque e o distrito alemão de Karlsruhe no programa “50 parcerias municipais para o clima”. As cidades estudam as realidades uma da outra e elaboram planos de ação voltados à sustentabilidade e a preservação do meio ambiente. Brusque exportou o projeto Sairinhas, voltado para a formação de agentes ambientais mirins.

O comitê gestor de Brusque é composto por integrantes da Fundema, Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Defesa Civil, Secretaria de Educação e Unifebe. O projeto brusquense engloba seis frentes: planejamento e desenvolvimento urbano, proteção contra enchentes, energias renováveis e eficiência energética, educação sobre mudanças climáticas, gestão de resíduos sólidos e tratamento de esgotos sanitários.

 

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