Casa do Carlos Renaux, estádio Augusto Bauer completa 90 anos

Trabalhos começaram após o fim do contrato de aluguel com o Bandeirante

Casa do Carlos Renaux, estádio Augusto Bauer completa 90 anos

Trabalhos começaram após o fim do contrato de aluguel com o Bandeirante

O estádio Augusto Bauer completou, nesta segunda-feira, 7, 90 anos de sua inauguração. A casa do Clube Atlético Carlos Renaux foi construída por conta do final do contrato de aluguel entre o Vovô e a Sociedade Esportiva Bandeirante, onde a equipe era mandante até 1930. Desde então, a histórica cancha foi palco de grandes histórias do futebol brusquense, antigas e atuais.

O contexto

Em 9 de junho de 1930, a diretoria do Carlos Renaux, que se chamava Sport Club Brusquense e que assim seria denominado pelos 14 anos seguintes, fez uma reunião decisiva para o futuro do clube. Terminava o contrato de aluguel entre com a Sociedade Esportiva Bandeirante, que era a casa das partidas do tricolor nos oito anos anteriores.

Conforme relatam Eloy D. Koch e Antônio Heil no livro homônimo do clube, o Brusquense queria renovar o contrato sob a condição fechar o campo com tábuas, formando uma cerca com altura de cerca de 2 metros, para poder cobrar ingressos para as partidas. A diretoria do Bandeirante não aprovou a ideia. Ao menos gostaria que a cerca fosse facilmente removível quando necessário e que o investimento fosse total do tricolor.

Já no clima de emancipação, o Brusquense, liderado pelo presidente Germano Schaefer, desistiu da ideia e passou a considerar a compra de um terreno. A ideia de um estádio entre as propriedades da Paróquia São Luiz Gonzaga e da Comunidade Luterana foram consideradas, mas foi um terreno da avenida Lauro Müller o mais vantajoso. Além de ser maior, era de propriedade de Augusto Bauer, ex-presidente do clube. A assembleia geral de 12 de agosto de 1930 aprovou a compra por nove contos de réis, pagos em prestações anuais. O custo total da construção, que teve participação efetiva dos sócios e entusiastas do clube, superou 19 contos de réis.

O nome

O nome foi homenagem ao antigo proprietário do terreno sobre o qual estava a casa do Carlos Renaux: Augusto Bauer, que também colaborou com as obras. A denominação foi aprovada em 20 de abril de 1931 por unanimidade, mas após algumas divergências de opinião, foi realizada uma assembleia geral extraordinária em 22 de maio, com votos de todos os sócios. Ao todo, foram 64 votos a favor de “Estádio Augusto Bauer”, cinco a favor de “Estádio do Sport Club Brusquense” e uma abstenção.

No livro de Eloy D. Koch e Antônio Heil, consta também que a diretoria, na mesma reunião, decidiu dar um nome ao campo de jogo: Campo Corália. A homenagem foi feita à esposa de Arthur Olinger, personagem fundamental desde a fundação do clube.

A inauguração

A festa em 7 de junho de 1931 começou desde a manhã, com torneios de outros times da cidade. Houve um churrasco ao meio-dia, e times de Tijucas, Itajaí e Blumenau jogaram durante a tarde, antes do aguardado confronto, considerado o primeiro jogo de fato no estádio: Brusquense x Marcílio Dias.

O time da casa acabou derrotado por 1 a 0, jogando com Adriano Schaefer; Euvaldo Schaefer, Mário Schaefer; José Sassi, Celso Schaefer, Euvaldo Tensini; Aníbal Diegoli, Arnoldo Schaefer, Adolfo Domingos, Guilherme Krieger Neto e Emanuel Pieper. A noite daquele 7 de junho ainda terminou com um baile de comemoração.

E o estádio novo definiu novos padrões para o “fator casa” nos meses seguintes. Em 36 jogos de 7 de junho de 1931 a 25 de setembro de 1932, o Brusquense acumulou 23 vitórias, seis empates e sete derrotas, conforme relatam Eloy D. Koch e Antônio Heil no livro que conta a história do Vovô até 1959.

Carlos Renaux Brusque Augusto Bauer
A equipe do Vovô que jogou na inauguração | Foto: Livro Clube Atlético Carlos Renaux/Reprodução

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