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Estadual foi suspenso, ainda bem; dar título direto ao Avaí seria patético

Assim como boa parte do mundo, o esporte também vai parando, na tentativa de conter a pandemia do coronavírus. A CBF suspendeu as competições que organiza, e a FCF suspendeu o Catarinense por 15 dias, mas até o encerramento do campeonato da maneira que está foi cogitado pelo presidente Rubens Angelotti. Assim, o Avaí seria campeão. […]

Assim como boa parte do mundo, o esporte também vai parando, na tentativa de conter a pandemia do coronavírus. A CBF suspendeu as competições que organiza, e a FCF suspendeu o Catarinense por 15 dias, mas até o encerramento do campeonato da maneira que está foi cogitado pelo presidente Rubens Angelotti. Assim, o Avaí seria campeão. O presidente do Brusque, Danilo Rezini, afirma que isto sequer é uma possibilidade.

Claro, afinal, seria ridículo. Vai que isto volte a ser pintado como ideia após um longo período de paralisação. Brusque, Marcílio Dias e Figueirense não jogaram sob a pressão de perder um título nas últimas rodadas. Jerson Testoni mandou a campo um time reserva ao Orlando Scarpelli sem imaginar que se tratava de uma final. Empatou com o Concórdia em casa sem este contexto. Há várias opções melhores: Avaí e Brusque, empatados em pontos, fazem final; em caso extremo, que se cancele tudo sem um campeão. Mas dar o título ao líder seria vergonhoso, indiferente de quem fosse o primeiro colocado.

Ainda no corona

Claro que há casos e casos: na Premier League, por exemplo, o título do Liverpool beira o inevitável. Mas no Catarinense, além do mata-mata previsto na competição, Avaí e Brusque estão empatados em pontos. No confronto direto, o líder ao fim da nona rodada foi derrotado. O Avaí é líder por ter dois gols a mais no saldo. Todos jogaram sem saber o quão decisivos poderiam ser seus jogos. Se o Figueirense soubesse desta quase-ideia, teria marcado o gol que tirou um suposto título do Brusque para entregá-lo ao seu arquirrival, que o teria igualado em títulos estaduais? Só o fato de ter sido cogitado o encerramento com título já é absurdo.

Portões fechados

Em fases decisivas das competições, realizar partidas com portões fechados após uma suspensão por 15 dias, por exemplo, poderia trazer riscos mesmo assim. A medida levaria grandes aglomerações pelas ruas, com torcedores acompanhando as partidas juntos apesar do risco. Pouco adiantaria o país parar se milhares de pessoas sairiam para torcer pelos seus times em jogos de mata-mata importantes.

Foto: Ricardo Ranguetti/Arquivo O Município

Grande largada

Em 2006, o Brusque começou o Campeonato Catarinense vencendo suas seis primeiras partidas. A quinta vitória foi sobre o Joinville, por 4 a 3, no Augusto Bauer, em 25 de janeiro. Na foto, os artilheiros Eraldo e Geovani comemoram. O quadricolor terminou na liderança do Grupo B, mas foi eliminado do quadrangular que definia dois dos semifinalistas.