“Estamos saindo de uma terceira onda”, diz infectologista sobre avanço da Covid-19 em Brusque
Ricardo Freitas diz que lotação da UTI ocorre por causa do curto intervalo de tempo entre segunda e terceira onda
Ricardo Freitas diz que lotação da UTI ocorre por causa do curto intervalo de tempo entre segunda e terceira onda
O médico infectologista Ricardo Freitas concedeu nesta sexta-feira, 16, uma entrevista ao programa O Município Ao Vivo. Ele falou sobre os picos da Covid-19 em Brusque e disse que a cidade está saindo de uma terceira onda.
“Estamos saindo de uma terceira onda. Tivemos uma primeira onda em abril e uma situação ‘cômoda’ em agosto e setembro, e começamos em outubro com uma segunda onda, que felizmente não ocupou nossa UTI em 100%. Começamos a terceira onda há uns 45 ou 60 dias”, afirma.
Segundo Freitas, a terceira onda da Covid-19 em Brusque preocupa pelo pouco tempo de diferença de um pico para o outro na cidade. De acordo com ele, o curto intervalo de tempo fez com que as UTI’s fossem ocupadas em 100%.
“A terceira onda se aproveitou do não término da segunda. Por isso essa confusão do número de casos na UTI”, diz.
De acordo com o infectologista, é comum que o vírus tenha picos de transmissão e, após certo tempo, passe a registrar poucos casos.
“É cíclico do vírus. Ele tem momentos de alta transmissibilidade, depois começa a esgotar o número de pessoas suscetíveis, saí um pouco de ‘circulação’, e depois retoma com outro número de pessoas suscetíveis”, comenta.
Freitas explica que “pessoas suscetíveis” são aquelas que ainda não foram vacinadas contra a doença, não pegaram o vírus e também não estão respeitando as medidas de prevenção, como o distanciamento social.
“Na situação que estamos hoje, não teremos leitos de UTI se tiver uma nova onda”, conclui.
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