Estátua da Joana: conheça a história de um dos monumentos centenários mais famosos de Brusque

Feita na Áustria, epígrafe chegou em Brusque no ano de 1912

Estátua da Joana: conheça a história de um dos monumentos centenários mais famosos de Brusque

Feita na Áustria, epígrafe chegou em Brusque no ano de 1912

Tida como um dos monumentos históricos mais conhecidos do município de Brusque, a estátua da Johanna, conhecida popularmente como Joana, faz parte da vida de muitos moradores. Neste ano de 2022, comemoram-se 110 anos da chegada de uma das epígrafes mais famosas da cidade.

A encomenda da peça que veio da Áustria foi realizada pelo Cônsul Carlos Renaux. O objetivo do monumento era marcar a comemoração dos 50 anos do município, que seriam comemorados em 1910. Porém, os austríacos atrasaram dois anos e ela acabou chegando na cidade apenas em 1912.

Por causa do atraso, o monumento foi instalado na frente do Palacete Renaux que, à época, ficava em frente a Prefeitura de Brusque. O nome popular, “Joana”, era uma referência popular à beleza da segunda esposa de Carlos Renaux, que tinha o mesmo nome.

Antiga prefeitura de Brusque, com destaque para Joana, em primeiro plano (1913) / Casa de Brusque

Histórico

Segundo informações publicadas no grupo do Facebook “Curto Fotos Antigas de Brusque”, a estátua também tinha uma outra função.

“Ela era uma fonte e dela jorrava água proveniente de uma nascente que ficava onde hoje temos o Zôobotânico”, conta a professora Jaqueline Kühn.

A estátua ficou em frente ao Palacete Renaux até o final dos anos 40, quando foi transferida para próximo da Ponte Estaiada (à época Ponte Irineu Bornhausen), na entrada da rua Hercílio Luz. Lá permaneceu por muitas décadas.

“As pessoas contam que ela foi atingida por alguns veículos ao longo dos anos, por isso foi removida para um depósito municipal. Depois ela foi resgatada pelo extraordinário Ayres Gevaerd e finalmente foi instalada (preservada) nos jardins da Casa de Brusque, onde está até hoje”, complementa.

Estátua da Joana na Avenida Otto Renaux nos anos 80 / Jaqueline Kühn

Joana

Nascida na Alemanha, Hanna (Haisi) von Schoenenbeck ou, simplesmente, Johanna Maria Renaux, é a mulher que dizem ter sido homenageada na estátua. Ela foi a segunda esposa de Carlos Renaux e viveu com ele de 1912 até 1919, quando faleceu.

Bia Renaux, em sua obra “O Outro Lado da História: O Papel da Mulher no Vale do Itajaí 1850 – 1950”, informa que “Hansi von Shoenebeck se apresentou como atriz em Blumenau e posteriormente casou-se em Brusque”.

Maria Luiza Renaux/ Arquivo pessoal

Quando casou com Carlos Renaux, ele recém havia perdido a primeira esposa, Selma. A união do casal aconteceu teria acontecido no final de 1912, porém, se oficializou na metade de 1913.

“Carlos Renaux e a nova esposa Joana devem ter morado em uma casa que havia bem próxima da Fatre, e que mais tarde seria chamada de Villa Maria, uma das filhas de Carlos Renaux, Maria, teria morado ali com o esposo Walter Bueckmann, alemão. Foi com Joana que Carlos transferiu-se para Holanda, por volta de 1917 ou 1918, tornando-se cônsul”, diz Jaqueline Kühn.
Foto emoldurada de Johanna / Acervo da Villa Renaux
A estátua é de ferro fundido e representa uma efígie (representação de uma pessoa numa moeda, pintura ou escultura) segurando um lampadário na cabeça. Ela possui quatro leões, um em cada lado, que jorravam água pela boca.

Galeria antiga:

Atletas Riosulense de passagem por Brusque nos pés da estátua Joana em 1957 / Nirma Marzall
Joana envolvida pelas águas em 1961 / Walmir Diegoli
Estátua nos anos 50, na esquina da ponte / Acervo de Erico Zendron

Galeria atual:

Otávio Timm/O Município
Otávio Timm/O Município
Otávio Timm/O Município

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