Estiagem seca nascentes e provoca grave falta de água em Brusque
Samae estuda formas de tentar reverter a situação
Samae estuda formas de tentar reverter a situação
A falta de chuva tem prejudicado o abastecimento de água em quatro regiões do município de Brusque. O motivo seria a falta de água nas nascentes que abastecem os bairros Dom Joaquim, Zantão, Santa Luzia e o Ribeirão do Mafra, este último sendo o que mais sofre com a seca.
No Dom Joaquim, no Zantão e no Santa Luzia a rede está operando no limite, mas no Ribeirão do Mafra, de acordo com o presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Dejair Machado, já passou do limite. “A situação é muito mais grave do que as pessoas estão imaginando”, comenta.
Aproximadamente 25% da população de Brusque é abastecida com água que vem de nascentes. Essas localidades estão sofrendo constantemente com o desabastecimento devido à falta de chuva.
A estiagem tem secado as fontes. Machado relata que locais onde retirava aproximadamente 30 metros cúbicos de água agora não chega a dez.
A chuva que por vezes ocorre não é suficiente para recuperar o sistema. E as previsões meteorológicas preocupam o presidente do Samae. “As notícias não são nada agradáveis”, afirma.
Esta é uma das piores situações enfrentadas nos últimos tempos. “No verão passado chegamos a uma situação ruim, mas igual a essa não”.
Machado esclarece que o Samae já colocou geradores, bombas mais potentes e até tentou outras fontes, mas pouco adiantou. “O real problema é a estiagem”.
Para tentar minimizar o problema, a autarquia está levando água de outros locais para os sistemas. Há dois caminhões terceirizados com tanque de 15 mil litros trabalhando diariamente e outro menor, de 5 mil litros, para atender regiões mais elevadas onde o caminhão maior não sobe.
Nesta semana, a equipe do Samae fez uma ligação de água na casa de uma pessoa que não tinha o serviço porque utilizava água do poço. O poço secou e o morador precisou instalar a água da rede.
Segundo o presidente da autarquia, a região central do município não apresenta problemas porque o rio até o momento está em condições normais.
A intenção do Samae é bombear água da região central até o Tomaz Coelho para abastecer o sistema. A expectativa é que isso melhore a situação. O projeto está pronto e a obra deve ser iniciada até o fim do ano. Machado explica que a obra deve demorar aproximadamente dois meses porque é complexa.
Nos próximos dias será inaugurada uma nova estação no Limeira para duplicar a produção e melhorar o abastecimento da região.
A Estação de Tratamento de Água (ETA) na localidade da Cristalina também é uma das promessas para resolver o abastecimento. “Vai acabar com o problema, mas até lá [a obra pronta] vai ter que sofrer”, diz o presidente da autarquia.