“Estou me sentindo um palhaço”, diz Luciano Hang após ser indiciado em relatório da CPI da Pandemia

Documento inclui o pedido de indiciamento de 70 pessoas e duas empresas, incluindo o empresário

“Estou me sentindo um palhaço”, diz Luciano Hang após ser indiciado em relatório da CPI da Pandemia

Documento inclui o pedido de indiciamento de 70 pessoas e duas empresas, incluindo o empresário

O empresário Luciano Hang se manifestou na tarde desta quarta-feira, 20, após ser indiciado no relatório da CPI da Pandemia. De acordo com a lista, o dono da Havan poderá responder por suspeita de disseminação de fake news (notícias falsas) e incitação ao crime.

“Estou me sentindo um palhaço”, disse o empresário que usava um nariz de palhaço durante a transmissão ao vivo nas redes sociais. O empresário alega que é “indiciado por alguém que acumulou mais de 25 processos no Superior Tribunal Federal (STF)”, se referindo ao relator da CPI, Renan Calheiros (MDB).

O empresário criticou a duração da CPI, que teve seis meses de investigação, e o dinheiro público gasto. Hang agradeceu a Renan pelo convite e por estar no relatório final. “Já imaginou chegar em uma roda de amigos e falar que foi indiciado por Renan Calheiros? Olha que legal. Aquele que tem mais de 25 processos no STF me indiciou”, diz. “Ser incriminado pelo Renan Calheiros é um elogio”, acrescenta o empresário.

“Tenho certeza que ajudei a abrir a cabeça de todos os brasileiros do que é narrativa e do que é fato, do que é verdade”, salienta o empresário.

O empresário diz que a “CPI não foi feita para ajudar a população, mas para prejudicar quem quer ajudar o país.” Segundo ele, a CPI foi um “palanque político” e diz ainda que a população estava ansiosa para a investigação acabar.

Ele diz que foi chamado com a alegação de que integrava o gabinete paralelo, financiava fake news, negacionismo e lobby da vacina. No entanto, Hang diz que as perguntas que recebeu não eram sobre isso e que só podia responder sim ou não aos questionamentos. Ele ainda diz que no relatório consta que ele “dissemina fake news”, mas nega que tenha financiado ou ainda disseminado notícias falsas.

Ele ainda criticou que não pôde mostrar as folhas com mensagens que havia levado para a CPI. “Vivemos em um país democrático e cada um tem direito à opinião e a liberdade de expressão”.

“Eles não querem ajudar os brasileiros, não querem saber do seu emprego, querem saber do poder e por isso fazem qualquer coisa, até falar da mãe dos outros”, critica Hang.

O empresário nega que tenha patrocinado o jornalista Allan dos Santos. Sobre o vazamento de informações e relatórios, ele diz que isso se aplica na “lei de abuso a autoridade”.

“Triste fim de uma CPI que acaba com melancolia. Ao acabar o povo brasileiro vai se lembrar de cada membro da CPI, o que fizeram para destruir a imagem do país e prejudicar pessoas que se preocuparam com o país”, afirma Hang.

Relatório

O relator da CPI, distribuiu as cópias da minuta do relatório final aos senadores integrantes da comissão nesta terça-feira, 19. O documento inclui o pedido de indiciamento de 70 pessoas e duas empresas, entre elas, o empresário brusquense e proprietário da rede de lojas Havan, Luciano Hang.

O relatório, que pode ser alterado antes da votação que irá aprovar o texto final, também pede o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os três filhos parlamentares.

Próximos passos

A leitura do parecer foi adiada para esta quarta-feira, após suspeitas de vazamento do relatório. A votação do documento deve ser realizada no dia 26 de outubro.

Após a leitura e aprovação, o relatório será repassado para os órgãos competentes. Entre eles, a Procuradoria-Geral da República, Tribunal de Contas da União e Ministério Público.


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