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Estrutura administrativa: propostas do prefeito de Brusque são difíceis de cumprir

Corte de secretarias e utilização de funcionários efetivos esbarram na gestão política

Em dois anos de mandato, a Prefeitura de Brusque ainda não conseguiu cumprir a maior parte das promessas feitas para a estrutura administrativa do governo, que continua do mesmo jeito que foi pega pelo governo.

Das 10 propostas, seis não foram cumpridas, a maioria relacionada ao funcionamento das secretarias, entre elas a reforma administrativa, a diminuição do número de secretarias criadas, a utilização de servidores efetivos como cargos comissionados, e a fusão das secretarias de Fazenda e Orçamento e Gestão.

A reforma administrativa foi uma das teclas em que o prefeito mais bateu durante a campanha, assim como a redução do tamanho da máquina.

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Na prática, no entanto, nada disso saiu do papel ainda. O governo demorou mais de um ano para lançar uma licitação para contratar uma empresa especializada na estrutura administrativa. Quando contratou, no entanto, o serviço não ficou bom, e o contrato foi rescindido. Basicamente, dois anos depois, o trabalho ainda está em fase considerada inicial.

A fusão de secretarias e extinção de outras também não andou. Em que pese o prefeito não ter nomeado secretários para diversas pastas, elas continuam a existir, têm funcionários lotados e geram despesas mensais.

A utilização de servidores efetivos como cargos comissionados foi outra promessa não cumprida. Ainda que alguns tenham desempenhado funções, hoje a maioria dos comissionados no governo são indicações políticas e partidárias.

Por outro lado, há itens prometidos que foram levados adiante.

Durante a sabatina realizada pelo jornal O Município, o então candidato Jonas Paegle disse que mudaria certas repartições para haver mais mobilidade interna e mais agilidade no serviço prestado, o que de fato aconteceu: as divisórias foram retiradas da prefeitura.

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Paegle prometeu no debate realizado pela Associação Empresarial de Brusque (Acibr) estar em contato com o Observatório social para “fazer um trabalho transparente”.

Segundo Evandro Gevaerd, diretor-executivo do Observatório, a prefeitura fez alguns contatos, mas ele avalia que precisa evoluir muito.

O contato maior foi com a Controladoria, que resultou em algumas ações. O Observatório sugeriu algumas ações, como por exemplo um monitoramento de obras, mas a prefeitura não mostrou interesse. Então o Observatório desenvolveu o projeto sozinho.