Estudante brusquense cria aplicativo que mapeia ocorrências criminais

Teseu possibilita registro por pessoas que sofreram ou testemunharam algum crime

Estudante brusquense cria aplicativo que mapeia ocorrências criminais

Teseu possibilita registro por pessoas que sofreram ou testemunharam algum crime

O jovem brusquense André Luiz da Silva, de 22 anos, criou o aplicativo Teseu, que possibilita aos usuários que sofreram ou testemunharam alguma ocorrência criminal fazer o registro do crime. 

A intenção, segundo ele, é alertar outros usuários próximos da localização da ocorrência, que são notificados para que tomem cuidado.

O aplicativo surgiu como ideia de Trabalho Técnico Científico de Conclusão de Curso (TTC), pois Silva é formando no curso de Ciência da Computação pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali).

“Essa foi uma das ideias e a que mais me agradou, pois o problema de segurança pública é recorrente e afeta a todos, então comecei a desenvolvê-la. Como não posso resolver o problema, pensei em formas de pelo menos manter os usuários seguros”, explica.

Além do registro no aplicativo, o Teseu possibilita fazer buscas de ocorrências em determinados pontos. Ou seja, o usuário do aplicativo pode cadastrar locais de interesse, como, por exemplo, a casa ou o local de trabalho. Ao fazer isso, ele recebe notificações do histórico de ocorrências que aconteceram nas proximidades. 

Também é possível importar contatos de confiança da agenda, para que, em caso de uma situação de perigo, estes sejam avisados sempre que o usuário sinalizar algo estranho. 

Ele conta que o aplicativo é colaborativo e precisa da participação das pessoas para criar dados. Para Silva, então, o desafio foi tentar fazer uma interface fácil de utilizar e que incentiva a colaboração das pessoas.

“Antes mesmo de começar a desenvolvê-lo, eu já havia visto que haviam aplicativos similares, o problema é que geralmente esses aplicativos morrem, e esse tipo de aplicativo, colaborativo, precisa da participação da comunidade”, ressalta. 

O estudante necessita de usuários para validar o trabalho de conclusão de curso até esta sexta-feira, 8. Quem for utilizar o aplicativo, pode auxiliá-lo com respostas em uma rápida pesquisa online.

Como é uma versão de testes, Silva ressalta que problemas podem acontecer. Em qualquer caso, na própria pesquisa o usuário pode dar um retorno e explicar possível erro, como também escrever elogios.

Atualmente, o Teseu está apenas disponível para o sistema Android. A compatibilidade é para a versão Android 4.2 ou superior.

Gamificação no incentivo

Para incentivar o uso dos usuários, Silva criou uma forma de gamificar o aplicativo, ou seja, aplicou conceitos de jogos na ferramenta. 

Ele explica que no Teseu, o usuário possui um brasão, que representa um nível. Portanto,  certas ações geram pontos e quanto mais atividade, mais rapidamente o usuário conquistará os brasões e subirá de nível. 

Dentre as atividades que geram pontuação estão cadastrar a ocorrência ou comentar em uma. Caso o usuário ter uma ocorrência removida por denúncia, ele perde pontos.

“A denúncia pode ser feita por qualquer usuário que acreditar que a ocorrência é falsa. Se uma ocorrência atingir cinco denúncias, ela é automaticamente removida. De qualquer forma, essas denúncias são registradas no servidor e elas podem ser aprovadas ou rejeitadas”, explica.

Possibilidades futuras

Como criador da aplicação, Silva observa diversas possibilidades para o Teseu, caso seja incluído em trabalhos futuros ou se torne comercial.

“Seria interessante ter uma equipe para análise dessas denúncias ou até mesmo algum tipo de integração com a polícia. Não só no caso de denúncias, mas acompanhar as ocorrências também”, avalia.

Ele já possui uma empresa de tecnologia, junto com um sócio. O investimento próprio, após apresentar o trabalho e finalizar o curso, é possível, mas dependerá do sucesso e viabilidade do aplicativo.  

 

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