Estudantes de Brusque aderem à “Greve global pelo Clima” e realizam passeata
Jovens cobram ações a favor do meio ambiente
Jovens cobram ações a favor do meio ambiente
Um grupo de jovens de Brusque, estudantes de diversas escolas, realizou uma manifestação a favor do clima e da preservação do planeta. O ato, ocorrido na manhã desta sexta-feira, 27, fez parte do movimento “Fridays for Future”, liderado pela jovem ativista sueca Greta Thunberg.
A “Greve pelo Clima” em Brusque foi encabeçada por alguns alunos do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio Cônsul Carlos Renaux. Gabriela Ribeiro, Lucas Francisco, Bruno Beber e Gabriel Decker chamaram conhecidos para se juntar ao protesto.
Gabriela conta que tem acompanhado o movimento de Greta a favor do clima. “Até agora foi muito falado e pedido e nunca foi feito nada. Ela resolveu abdicar da educação para pedir mudanças”, comentou.
Lucas chegou a discursar brevemente, ainda na praça Sesquicentenário, sobre a motivação do protesto. Ele lembrou que a questão climática não deve ser politizada na briga entre direita e esquerda.
“Eu me interesso pelas questões do meio ambiente desde que era pequeno. Conforme fui amadurecendo, foi se consolidando cada vez mais e agora, com esses movimentos ao redor do mundo, pensamos em realmente mobilizar as pessoas que importam com isso em Brusque”, declarou o jovem.
Bruno Beber afirmou que acredita que a mudança em favor do meio ambiente pode começar por Brusque. “Faz um tempo que tem a preocupação ambiental, fomos na sala e falamos entre nós. Conhecemos há pouco mais de um mês e ficamos interessados. A gente decidiu agir para fazer algo aqui em Brusque, fazer os governantes agirem local”.
O jovem Gabriel Decker disse que a mobilização não vai parar por aí. “A gente estava discutindo que depois de hoje pretendemos fazer outras ações, como plantar árvores e recolher lixo das ruas, por que se não fizermos quem vai fazer? É muito legal tentar alcançar o máximo de pessoas possível, com o tempo pode alcançar quase todo mundo e isso gera positividade para si e para o próximo”.
Os jovens se concentraram na praça Sesquicentenário depois seguiram a pé, escoltados por três motos da Guarda de Trânsito, pela rua Eduardo von Buettner até a ponte do Maluche, onde desceram para a rua Hercílio Luz e depois foram em direção ao Centro, até chegar de novo ao ponto inicial.
O Fridays for Future começou como uma iniciativa de Greta, que desde 2018 passou a faltar nas aulas para protestar contra a falta de ação dos governos em relação à política ambiental.
A Greve pelo Clima ganhou projeção e ultrapassou as fronteiras da Suécia. No dia 20 deste mês, foram registrados protestos em mais de 150 países.
Greta Thunberg ficou mais em evidência depois que compareceu à Cúpula do Clima na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA). Ela e outros 15 jovens ativistas chegaram a apresentar uma queixa na ONU contra cinco países, entre eles o Brasil, por não fazerem o suficiente para impedir o aquecimento global.
Nesta sexta-feira, 27, poucos dias depois do evento na ONU, ocorrem atos em dezenas de países e cidades.
Milhões de pessoas, sobretudo jovens, solicitam ações concretas para frear a degradação ambiental e o aquecimento global. Greta está no Canadá para apoiar o movimento. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, é um adepto da “Greve pelo Clima”.