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Estudantes reclamam da taxa de estacionamento cobrada na Unifebe

Instituição avalia como positivo os serviços prestados pela Estapar

Estudantes do Centro Universitário de Brusque (Unifebe) realizam protestos desde o retorno das aulas, em 14 de fevereiro, contra o valor cobrado pela empresa Estapar Estacionamentos, que administra o estacionamento da instituição. O Diretório Central de Estudantes (DCE) organiza buzinaços e com faixas e cartazes para pedir a anulação da cobrança diária de R$ 3,20.

Segundo Mateus Weber, 18 anos, estudante de uma universidade em Itajaí e diretor de comunicação da União Catarinense dos Estudantes, que dá apoio ao movimento, há dupla cobrança porque os alunos pagam a mensalidade à faculdade. Ele acrescenta que 90% das universidades deixam de cobrar esse tipo de taxa dos alunos. 
Para Weber, outro agravante é a baixa qualidade do atendimento prestado pela empresa Estapar. “Não temos a segurança necessária e não há vigias fazendo rondas no estacionamento”.
Segundo Douglas Alves Bento, coordenador operacional da Estapar, o valor é calculado com base na taxa anual da inflação, e um funcionário da empresa permanece no pátio para cuidar dos veículos e verificar demais ocorrências, como carros com vidros abertos. 
Posição da Unifebe
Alessandro Fazzino, vice-reitor e pró-reitor de Administração da Unifebe, reforçou o que já havia sido divulgado por meio de nota na última segunda-feira, 18 de fevereiro e afirmou que o estacionamento é gerenciado pela empresa desde 2004, e que, após a implantação do serviço deixou de se registrar furto de veículo no local. 
De acordo com Fazzino, não há dupla cobrança, pois a Unifebe é uma instituição sem fins lucrativos de caráter comunitário. Qualquer prejuízo que a entidade viesse a ter com o furto de algum veículo teria de ser repassado a todos os alunos, inclusive, os que não utilizam o estacionamento. 
Fazzino acrescenta que o valor cobrado pela Estapar parece justo e que a instituição acompanha todas as intervenções e investimentos da empresa. “Se algum veículo for roubado ou acontecer algum acidente aqui dentro, a responsabilidade é da Estapar, nenhum aluno será prejudicado. O aluno tem a opção de entrar aqui e pagar”. Fazzino conclui afirmando que se a instituição assumisse a responsabilidade pelo estacionamento e fizesse o investimento para a contratação de seguranças, por exemplo, o custo seria, inevitavelmente, repassado aos alunos.