Evento é marcado por atividades que integraram crianças deficientes e não deficientes
Brusque perde bronze em partida eletrizante na Copa Sesc de Basquete Sobre Rodas
Brusque perde bronze em partida eletrizante na Copa Sesc de Basquete Sobre Rodas
Mais do que um evento esportivo, a 3ª edição da Paracopa Sesc – regional de Brusque – serviu como um processo de integração. Por meio de oficinas, cursos e palestras, alunos das redes pública e particular de ensino de Brusque puderam sentir na pele as barreiras das pessoas portadoras de necessidades especiais. Além disso, os jovens praticaram esportes junto com deficientes.
O evento teve como tema a frase “a linha de chegada é igual para todo mundo”. As crianças vendaram seus olhos para a prática de futebol para deficientes visuais, jogaram basquete em cadeiras de rodas e ouviram palavras de incentivo e motivação do nadador campeão paraolímpico Matheus Rheine, entre outras atividades.
O resultado final agradou tanto o gerente do Sesc Brusque, Edemar Luiz Aléssio, o Palmito, que ele já pensa em mais eventos desse estilo de maneira frequente. “Isso faz muito bem. As crianças se colocam no lugar do deficiente. Queremos realizar mais esse tipo de atividade”.
O gerente de lazer do Sesc Nacional, Jorge Jaime da Silva, visitou Brusque no período de Paracopa. Para ele, o município apresentou bons exemplos que podem, inclusive, servir para incluir em outras regionais Brasil afora. “Foi um evento de sucesso que precisamos reforçar, ampliar e difundir em todos os Sesc”, afirma.
Brusque deixa bronze escapar
“‘Emocionante” é pouco para definir a disputa de bronze entre Joinville e Brusque na final da Copa Sesc de Basquete Sobre Rodas. A competição foi realizada junto à Paracopa Sesc, como mais uma das atividades englobadas pelo evento.
A equipe visitante foi soberana nos três primeiros quartos. Venceu todos e chegou a abrir oito pontos de diferença dos brusquenses. Mesmo assim, a equipe da casa não se entregava e no terceiro quarto buscou o resultado ponto a ponto. Ao apito do juiz, o placar mostrava uma pequena diferença – 42 a 39 – que poderia se reverter no último quarto. Foi o que Brusque tentou, chegando a uma virada incrível.
Nos instantes finais, o placar apontava vantagem de três pontos para Brusque – 56 a 53. A torcida já fazia a contagem regressiva. No último segundo antes de soltar o grito de campeão, houve uma falta para Joinville, que teve direito a dois arremessos diretos. O jogador Ademir da Silva, o Lila, acertou o primeiro e errou o segundo – 56 a 54. Milésimos separavam Brusque do bronze, mas Joinville não se entregava. Quando o cronômetro voltou a correr, no meio de uma tentativa de cesta de três pontos, nova falta para Joinville. Dessa vez, Lila não perdoou e acertou os dois arremessos, empatando a partida quando o cronômetro apontava um milésimo para o fim.
Na prorrogação, os atletas brusquenses, abatidos física e espiritualmente, não conseguiram render o esperado e perderam por 62 a 58. Lila, algoz brusquense, diz que o que aconteceu na quadra do Sesc prova a máxima de que não se deve gritar campeão antes do apito final do juiz. “É preciso acreditar e não se entregar até que seja decretado o fim da partida”.
A equipe Afadefi A, de Balneário Camboriú, sagrou-se campeã na grande final disputada com o time B da mesma instituição.