Evento em Brusque reúne colecionadores de selos e moedas de vários estados do Brasil
20º Encontro Filatélico e Numismático ocorreu neste sábado e domingo no Bandeirante
20º Encontro Filatélico e Numismático ocorreu neste sábado e domingo no Bandeirante
A Sociedade Esportiva Bandeirante recebe o 20º Encontro Filatélico e Numismático de Brusque neste sábado, 19, e domingo. A edição é histórica, pois marca o retorno do evento ao calendário do Clube Filatélico Brusquense (CFB) após um hiato de 32 anos – a 19º edição ocorreu em 1987.
Filatelia consiste, em resumo, em colecionar selos postais, enquanto que a numismática trata de moedas, cédulas e medalhas.
Jorge Krieger, presidente do Clube, explica que o primeiro encontro de filatelia e numismática de Santa Catarina ocorreu em abril de 1969. No mesmo ano, mas em novembro, Brusque realizou um evento.
Em 1987, os encontros deixaram de acontecer, mas agora voltaram com força total. Krieger conta que o CFB está em plena atividade e o encontro veio para ficar. O clube continua a ter atuação forte, tanto que fez selos comemorativos ao centenário do Paysandú, aos 150 anos da morte do Barão de Schneeburg e aos 150 anos da imigração polonesa no Brasil, entre outros. A entidade também mantém um boletim.
Rafael João Scharf, coordenador do evento, conta que começou a colecionar ainda criança. Há cerca de dez anos, ele descobriu que ocorrem esses encontros Brasil afora e depois conheceu o Clube Filatélico Brusquense.
Scharf, junto com a entidade, resolveu resgatar a história do clube. A numeração da edição é uma prova deste resgate: em vez de reiniciar a contagem, resolveram continuar a partir da 19ª edição.
Além de Brusque, Timbó e Florianópolis também realizam eventos como este no estado.
Embora esteja em seu ano de retorno, o encontro em Brusque teve grande apelo. Scharf conta que em três dias todas as mesas foram vendidas para os colecionadores.
O presidente do Clube comenta que vieram pessoas de várias cidades de Santa Catarina, além dos estados do Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e até Minas Gerais. O salão no Bandeirante, com todas as mesas ocupadas, comprovava, no sábado pela manhã, o sucesso.
Felipe Rocha, secretário de Turismo e Cultura do município de Silva Jardim (RJ), era um dos colecionadores presentes. Apaixonado pela numismática, ele conta com uma vasta coleção que tem verdadeiros tesouros, como as moedas de prata de 1900 em comemoração ao quarto centenário do descobrimento do Brasil.
Rocha é um frequentador de eventos desse tipo pelo país e vem com frequência para Timbó. Ele conta que soube do evento de Brusque e aproveitou a oportunidade.
Rocha começou a colecionar depois que ganhou uma moeda de bronze de 20 réis ainda criança. “Ganhei da minha vó e me causou curiosidade, ainda garoto comecei a pedir para tios e parentes moedas e notas. Também comecei a estudar, porque o colecionismo exige isso”.
No Rio de Janeiro, ele realiza exposições para contar a história do Brasil por meio de dinheiro. Rocha destaca, por exemplo, que de 1500 a 1643 as moedas eram feitas em Portugal para todas as colônias. Foi só a partir daí é que começou a produção em solo brasileiro.
Jorge Kriger, do Clube Filatélico, também destaca o caráter pedagógico da filatelia e numismática. “A filatelia tem um poder cultural e pedagógico, porque tendo o selo na sua mão, você pode estudar os aspectos geográficos, o folclore, turismo, eventos históricos”.