Evolução do Bruscão passa também por trabalho individualizado na parte física
Se dentro de campo time de Pingo tem correspondido, muito também se deve ao trabalho do preparador físico George de Castilhos
Vice-líder do Campeonato Catarinense, com cinco vitórias nos últimos seis jogos, e prestes a enfrentar o poderoso Corinthians na Copa do Brasil, o Brusque FC já vive na temporada de 2017 um dos momentos mais marcantes de sua história.
A equipe – que pela primeira vez chega à segunda fase de uma competição nacional – tem encantando a todos dentro de campo. Evolução que ocorre jogo a jogo e que também é visivelmente percebida no aspecto físico.
Se em 2016 o Bruscão sofreu com várias lesões ao longo do primeiro semestre, o início de 2017 tem sido promissor. Mesmo com a maratona intensa de jogos, os atletas não têm sentido o desgaste das partidas. Em menos de um mês, foram oito jogos oficiais (sete pelo Catarinense e um pela Copa do Brasil) e nenhuma lesão que preocupasse a comissão técnica.
“Até agora tivemos somente o Cleyton, poupado no jogo contra o Inter de Lages, e o Pedrinho que teve uma situação, mas já se recuperou. Mas o Brusque não teve nenhum atleta com grande lesão. Houve alguns traumas, o que não é previsível, mas não perdemos ninguém do grupo”, explica o preparador físico George de Castilhos.
É dele a responsabilidade de deixar os atletas afiados. “Essa iniciação do trabalho em dezembro foi muito boa para os atletas. Além da preparação em si, fizemos um trabalho preventivo muito bom e essa é a razão de termos poucas lesões”, diz. “Vemos equipes grandes perdendo jogadores importantes ou poupando atletas em alguns jogos por questões físicas e nós não perdemos ninguém”, observa.
Ele destaca que os atletas têm atendido bem as expectativas, citando, por exemplo, o jogo diante do Remo numa quinta-feira, pela Copa do Brasil, e o duelo diante do Avaí, já no domingo, às 10 horas da manhã. “Tivemos uma partida de alto desgaste físico na quinta, que exigiu muito dos atletas, e já no domingo outro jogo decisivo, às 10 da manhã, num calor de 38 graus e sensação térmica de 45, e todos se comportaram muito bem”, diz.
O segredo para esse resultado, segundo George, é o trabalho individualizado com cada atleta. “O segredo da preparação física hoje é um grupo homogêneo e trabalhar as individualidades dentro de cada necessidade”, explica. “Cada atleta tem valências físicas diferentes e o nosso desafio é atender a necessidade de cada um”, completa.
Sobre o profissional
Aos 38 anos, George de Castilhos faz a sua segunda passagem pelo Brusque após 15 de atuação na profissão que iniciou no Iraty (PR). No currículo, George tem, entre outros feitos, passagens pelo Paraná Clube, além de outros clubes de expressão, como Ceará, Avaí, e Santa Cruz.
No time de Florianópolis, terminou a temporada de 2013 como um dos melhores preparadores da competição. Repetiu o feito em 2015 pelo Santa Cruz, time pelo qual levantou o título do Campeonato Pernambucano deixando para trás os tradicionais rivais, Sport e Náutico.
Conhecedor da estrutura do Brusque, George diz que o clube evoluiu muito nos últimos anos, após a sua passagem em 2014, e comenta que isso tem facilitado o trabalho.
“A diretoria me dá tudo que eu preciso para trabalhar. Isso nos possibilita boas condições de trabalho e o resultado reflete em campo, com a boa performance dos jogadores. O fato de eu já ter trabalhado com o Pingo também ajuda na filosofia, além de contar também com a ajuda do Sérgio Grach, um cara espetacular e muito competente, aqui de Brusque, também fundamental para esse trabalho”, destaca.