Ex-atletas do Brusque relembram primeiro encontro com o Atlético-GO, em 2011
Aloísio Chulapa e Willian marcaram os gols do Brusque e lembraram com saudade da partida
Aloísio Chulapa e Willian marcaram os gols do Brusque e lembraram com saudade da partida
Quando Aloísio Chulapa acertou um chutaço do meio da rua e Willian balançou a rede duas vezes ainda no primeiro tempo de partida, a torcida do Bruscão que lotou o Augusto Bauer naquele dia 23 de fevereiro de 2011 acreditava que tudo estava resolvido na primeira fase da Copa do Brasil. Ledo engano: ao sofrer um gol no segundo tempo, o time foi eliminado no jogo da volta pelo gol qualificado.
Após oito anos, a eliminação ainda está entalada na garganta da torcida e de muitos jogadores integrantes daquela campanha, que marcou o retorno do Brusque à Copa do Brasil depois de quase 20 anos. A chance de dar o troco no Dragão será na partida desta quarta-feira, 13.
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O regulamento era diferente. A primeira partida, no Augusto Bauer, terminou com o placar de 3 a 2, portanto foi necessário um jogo de volta, em Goiás. Lá, vitória do Dragão por 1 a 0. Como havia marcado gols fora de casa – critério que já não existe mais na Copa do Brasil -, o time goiano classificou e eliminou o Brusque.
“Fiz um golaço”
O folclórico Aloísio Chulapa, campeão do mundo pelo São Paulo e que atuou pelo Bruscão em 2011, relembra com saudosismo do Bruscão, deste jogo e também da cidade que o acolheu com os braços abertos. Autor de um dos três gols do primeiro jogo, ele contundiu e não pôde disputar a segunda partida, que culminou na eliminação.
O atleta, que jogou e venceu o Liverpool no Mundial de 2005, além de ter atuado por gigantes como o Paris Saint-Germain, guarda com carinho memórias do quadricolor. “Eu lembro daquele jogo, foi um jogaço. Vencemos e eu fiz um golaço. Uma pena que machuquei, não pude jogar a partida de volta. Perdemos lá de um a zero, mas jogando muito”.
E foi um golaço mesmo: uma bola chutada do meio da rua, antes da área, que subiu e foi caindo com velocidade, no cantinho. Aloísio afirma que tem saudades deste tempo. “Muito feliz pela minha passagem no Brusque. Amei, vesti a camisa. Quem sabe eu não vou aí assistir a um jogo pessoalmente?”.
Chulapa finaliza desejando boa sorte ao Brusque na partida e mandando um recado para a torcida quadricolor. “Os torcedores têm que sempre confiar nesse time, nessa camisa. Tem que torcer para um resultado positivo até o final. Tenho muita saudade de Brusque”.
Nome da partida
O meia Willian chegou em Brusque bem credenciado, e chamou para si a responsabilidade do importante jogo contra o Atlético-GO. Marcou dois gols na primeira partida. Ele lembra a união que o grupo tinha, que fez toda a diferença para os bons resultados. “Nós tínhamos jogadores experientes, rodados, e isso ajudava porque a gente conseguia acertar dentro de campo. Era um grupo muito fechado, e isso ajudou. O clube tinha dificuldades e limitações, mas fizemos um bom papel”.
Para Willian, o grupo assumiu a responsabilidade de reforçar o nome do Brusque em uma competição nacional após anos de ostracismo. “Nós teríamos que mostrar a força do Brusque. A gente teria que conseguir uma vantagem. Acredito que quase conseguimos. O último gol que eles fizeram, não poderíamos ter tomado. Se não sai aquele segundo deles com certeza a história seria diferente”.
Apesar da eliminação, Willian acredita que o elenco marcou na lembrança da torcida do Bruscão. “Honramos a camisa. Fizemos uma boa apresentação. Lógico que queríamos ter chegado mais longe, mas não foi possível”. O atleta, hoje aposentado dos gramados, disse que deve o jogo no estádio.
O espião confuso
Atleta do Atlético-GO na época, o volante Pituca acredita que aquela partida foi fundamental para a temporada do Dragão em 2011. Depois das duas partidas contra o Brusque e a classificação, o time mostrou evolução e foi campeão goiano meses depois. Naquele ano, o time goiano também fez um bom Brasileirão Série A e ainda conseguiu vaga para a Copa Sul-Americana 2012.
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Pituca revelou ainda que o técnico René Simões – que havia treinado Seleção Brasileira Feminina e Seleção Jamaicana de Futebol -, enviou um auxiliar técnico para ‘espionar’ o Bruscão em uma partida anterior. “Ele chegou aqui dizendo que era pra cuidar do lado direito, porque o Brusque tinha um lado direito muito forte”.
Com isso, o time protegeu mais o setor direito, deixando o esquerdo exposto. Foi aí que a equipe foi surpreendida, como explica Pituca. “Os caras tinham um lateral-esquerdo que jogava quase como ponta. Avançava o tempo todo, incomodava demais. Ou o auxiliar do René viu outro jogo, ou o Brusque descobriu que a gente tinha um espião”, brinca o volante.