Ex-moradores de Brusque e região que vivem na Inglaterra comentam repercussão da morte da rainha Elizabeth no país
Monarca faleceu nesta quinta-feira enquanto estava sob supervisão médica
Monarca faleceu nesta quinta-feira enquanto estava sob supervisão médica
A rainha Elizabeth, do Reino Unido, morreu nesta quinta-feira, 8, aos 96 anos. Ela havia sido colocada sob supervisão médica, após sua equipe de saúde expressar preocupação com seu quadro.
Os quatro filhos da rainha, o príncipe Charles, herdeiro do trono; Andrew; Anne; e Edward, além de William, o neto, viajaram para o palácio de Balmoral, na Escócia, onde a rainha estava. O outro neto, princípe Harry, também viajou para a Escócia.
O jornal O Município entrou em contato com ex-moradores de Brusque e região que moram na Inglaterra. Na ocasião, falaram sobre a morte da monarca e o clima que paira sobre o Reino Unido.
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Sabrina Gevaerd, de 33 anos, nasceu em Brusque e mora em Londres há 5 anos. Lá ela atua como ilustradora. Questionada sobre o clima na capital da Inglaterra, a brusquense comentou que o ambiente está confuso.
“Tudo está muito confuso agora, cheguei a ouvir alguém cantando o hino do país nas ruas. Desde que os apresentadores da BBC apresentaram roupa preta durante a tarde, ficou um alerta”, disse.
Segundo Sabrina, o comunicado realizado pela família real deixou uma brecha que poderia indicar o que estava acontecendo em Balmoral.
“Disseram que ela estava confortável por lá, ou seja, de lá ela não pretendia sair. Estamos vivendo um momento conturbado na política do Reino Unido, e agora temos a morte da rainha”, concluiu.
A jornalista e ex-moradora de Brusque, Ellen Colombo, mora em uma região mais afastada de Londres. Segundo a jornalista, o ambiente está tranquilo, porém, um toque fúnebre já pode ser ouvido de uma igreja próxima.
“A comoção acredito que seja maior em Londres. A BBC está transmitindo direto de lá e parece que há muitas pessoas”, relatou.
Questionada sobre a repercussão, ela comenta que percebeu que o se tratava de um caso sério quando uma jornalista da BBC fez um relato diferente do habitual.
“Ela comentou durante a reportagem que a família real não costumava informar com detalhes os casos de saúde da rainha. Quando mencionaram que a família estava indo para Balmoral, percebemos que tinha algo diferente”, disse.
“Outra dúvida é sobre qual nome o Charles, filho dela, vai escolher quando assumir o trono. Isso deve ser assunto durante os próximos meses, como foi com o marido dela. Com certeza ainda devem ser feitas homenagens e documentários”, conclui a ex-moradora de Brusque.
A fonoaudióloga Valéria Ramos de Oliveira de Moura, ex-moradora de São João Batista que, atualmente, reside em Manchester, comentou sobre as movimentações na Inglaterra com o anúncio do falecimento da monarca britânica.
“O comentário entre a população aqui em Manchester sobre o estado de saúde da rainha era de apreensão e preocupação. Quando soubemos que seus filhos foram chamados até o palácio em Balmoral, pensamos que realmente o estado dela era crítico”, conta.
“É uma pena. Todos tinham uma imensa admiração pela rainha, pois demonstrava serenidade e pulso firme, ajudando a comandar a Grã-Bretanha nestes 70 anos de reinado”, afirma Valéria.
“Tanto os imigrantes quanto os ingleses parecem estar bem tristes com a morte da rainha. Realmente, muda o clima aqui na cidade, assim como no Reino Unido como todo. Os próximos 14 dias serão de despedidas e homenagens dos súditos à rainha. Esperamos também as mudanças burocráticas, desde a moeda e o hino”, relata.
Elizabeth nasceu em Mayfair, em Londres, no dia 21 de abril de 1926. Assumiu o trono britânico em 1952 e foi coroada em 1953. Ela é filha de Jorge VI e tornou-se rainha por conta da morte de seu pai. Elizabeth é a monarca mais longeva do Reino Unido, e a segunda do mundo.
A rainha vinha apresentando problemas de saúde desde 2021 e estava comparecendo cada vez menos em cerimônias. No início de junho, Elizabeth completou 70 anos de reinado e comemorou o Jubileu de Platina. As festividades foram reduzidas por conta dos problemas de saúde.
*Colaborou Thiago Facchini
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