Ex-namorado é condenado por matar mulher a facadas em Blumenau
Relembre caso que levou quase quatro anos para ser julgado
Relembre caso que levou quase quatro anos para ser julgado
José Natalício Rufino, ex-namorado de Bernardete Libardo, foi condenado pelo feminicídio da blumenauense nesta quarta-feira, 13. O Tribunal do Júri começou às 9h e seguiu até depois das 19h, durando mais de dez horas.
Ele foi condenado a 18 anos e seis meses de reclusão, pelo crime de homicídio triplamente qualificado. Feminicídio, motivo torpe e por impedir ela de se defender. Como ele foi solto em março deste ano, foi expedido o mandado de prisão. Foi negado ao réu o direito de recorrer em liberdade.
Familiares, amigos e integrantes da comunidade Nova Esperança acompanhar o júri. Bernadete era presidente da Associação dos Moradores do bairro. O momento em que o resultado da perícia foi apresentado aos jurados, assim como os últimos contatos com as quatro filhas antes de ser assassinada, causou comoção entre a família.
O promotor que acusou o réu foi Odair Tramontin, conhecido por condenações em casos marcantes de feminicídios em Blumenau. Ele foi acompanhado pela promotora Lara Zapelline Souza. Este, inclusive, deve ser o último júri dele, que caminha para a aposentadoria. Para ele, o feminicídio de Bernadete foi marcado pela “crueldade avassaladora”.
“Ele surpreendeu a vítima na própria casa, matou ela com diversos golpes de faca e fugiu como se nada tivesse acontecido. As imagens mostram ele entrando e saindo em 15 minutos e que mais ninguém entrou na casa até ela ser encontrada morta. Não há dúvida da autoria”, ressalta Tramontin.
O promotor também reitera o comportamento do réu, que mantinha hábitos comuns em outros feminicidas. Além de não aceitar o fim do relacionamento, Rufino perseguia Bernadete e demonstrava uma tendência agressiva de acordo com o Ministério Público.
Bernardete Libardo tinha 59 anos quando foi vítima de feminicídio no dia 16 de outubro de 2019, e encontrada morta na própria casa, localizada na rua Augusto Reinhold, no bairro Nova Esperança, em Blumenau.
Bernardete foi morta a facadas, encontrada à noite por filhas e um genro. Ela estava enrolada em uma rede de descanso, na área de festas da residência.
A vítima era presidente da Associação dos Moradores do Bairro Nova Esperança.
Bernardete é homenageada pelo Legislativo Blumenauense, que batizou com seu nome, a sala da Procuradoria Especial da Mulher da Câmara dos Vereadores.
Segundo informações de familiares, Bernardete estava conhecendo Rufino há quatro meses, mas já não queria mais o envolvimento. Imagens de uma câmera de monitoramento flagraram o momento em que José entrou na residência da vítima na data do assassinato. No dia 21 de outubro de 2019 José se entregou à polícia.
Em 2022, um júri popular para julgar o caso havia sido marcado para janeiro, mas devido à juíza do caso ter contraído Covid-19, o júri precisou ser adiado novamente, e não havia sido remarcado até então.
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