Exigências da FCF inviabilizam Augusto Bauer e Brusque luta por estádio próprio
Plano inicial é parceria com Havan; manual de infraestrutura de estádios da FCF dá prazo de adaptações de 2019 a 2022
Plano inicial é parceria com Havan; manual de infraestrutura de estádios da FCF dá prazo de adaptações de 2019 a 2022
Ter um estádio próprio deixou de ser um sonho da diretoria do Brusque Futebol Clube e passou a ser uma obrigação caso o quadricolor queira continuar mandando jogos em sua cidade. Com uma série de novas exigências da Federação Catarinense de Futebol (FCF) em seu novo manual de infraestrutura de estádios, o Augusto Bauer, pertencente ao Clube Atlético Carlos Renaux, se torna obsoleto para sediar competições profissionais de futebol na elite do Campeonato Catarinense.
O documento da FCF estabelece um prazo máximo entre 2019 e 2022 para que uma série de mudanças sejam realizadas a fim de padronizar os estádios catarinenses. O Gigantinho precisaria passar por uma reforma total no gramado, na iluminação, nas arquibancadas e na estrutura para a imprensa.
Agora, com o tempo correndo contra o Bruscão, a diretoria dá total prioridade na busca pelo estádio próprio, conforme explicou o presidente quadricolor Danilo Rezini. “O Brusque vem crescendo dentro de campo a cada ano que passa. Disputamos Copa do Brasil por dois anos consecutivos, estamos concretizados na elite do futebol catarinense e ainda marcando presença no Brasileirão Série D. A necessidade de um estádio próprio se faz urgente”.
O presidente do Carlos Renaux, Renato Petruschky, o Tato, não crê na possibilidade de conseguir cumprir estas condições no prazo determinado. “Acredito que o Brusque deverá procurar outro estádio para mandar seus jogos. Para nós é inviável neste primeiro momento”.
A FCF vem trabalhando estas adaptações em conjunto com os clubes, e está aberta para negociações em cada um dos casos para que o processo de adaptação não enfraqueça a condução do campeonato estadual.
Arena Havan
Rezini explicou que segue diretamente em conversas com a Prefeitura de Brusque para que haja a imediata limpeza e aterro do terreno da Vila Olímpica. Localizado no bairro Volta Grande, o terreno foi comprado em 2014, mas ainda não conta com nenhuma estrutura para modalidades esportivas.
O processo de aterro, segundo o presidente quadricolor, deve estar concluído nos próximos meses. Assim que estiver pronto, a diretoria partiria para a segunda parte do plano. “Vamos projetar o estádio e entregá-lo para o Luciano (Hang, dono da Havan) para que ele invista. Poderíamos ter sim a Arena Havan, um estádio moderno e com possibilidade de atender todas as demandas estruturais, com uma capacidade entre 8 mil e 10 mil pessoas”, explica Rezini.
Segundo ele, esta seria a forma mais rápida de fazer com que o estádio saísse do papel. Mas, caso haja a negativa do empresário, a diretoria trabalha com um plano B. “Nossa alternativa seria buscar recursos próprios. Aí nós buscaríamos receita com leis de incentivo fiscal, além de ações pela cidade para conseguir fazer o estádio”. A diretoria não conta também com a possibilidade de estádio municipal.
Rezini explicou ainda que a nova casa do Bruscão precisa sair da esfera dos planejamentos, já que a diretoria não cogita tirar os jogos de Brusque. “Fazer futebol está caro. Contratamos jogadores de bom nível e que portanto cobram um volume em dinheiro oneroso aos nossos cofres. Se além disso nós tivermos que jogar em outra cidade, tirando o espetáculo do nosso município, isso acarretará em uma série de problemas”.
Conversas com Paysandú
Antes de concentrar forças no projeto da casa própria, a diretoria do Brusque chegou a iniciar tratativas com o Paysandú. A ideia era ampliar e estruturar o estádio do alviverde, que tem maior capacidade de crescimento do que o Augusto Bauer, e assim conseguir atender às exigências da federação.
Contudo, conforme explica o presidente, este projeto não terá continuidade. “As conversas não avançaram. Fiquei de receber uma resposta que nunca chegou, e com isso demos por encerrada essa ideia. Além disso, por mais que nós façamos parcerias com Paysandú ou Carlos Renaux, não será a nossa casa, será sempre o estádio dos outros emprestando ou alugando para o Brusque. É nossa vez de dar um passo maior”.
Confira exigências da FCF que precisariam ser adaptadas no Augusto Bauer