“Explosão populacional”: biólogo explica motivo do acúmulo de mariposas em Brusque
Mariposas se acumulam em pontos da cidade e são encontradas mortas nas ruas
Mariposas se acumulam em pontos da cidade e são encontradas mortas nas ruas
Caminhando pelas ruas de Brusque, principalmente no Centro, é possível notar o acúmulo de mariposas mortas nas ruas. O biólogo da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema), Pedro Cavalin, afirma que se trata de uma explosão populacional do inseto na cidade.
Conforme Pedro, o motivo da aglomeração de mariposas pode ser uma dinâmica interna da espécie. Entretanto, ele avalia que situações envolvendo as estações do ano podem influenciar na explosão populacional.
“O surto não envolve necessariamente as mudanças climáticas, mas, sim, o próprio ciclo natural das estações. Há muitos insetos em que a população diminui durante o inverno ou entra em ‘dormência’. Certamente tem uma influência das estações do ano. Quando o inverno passa, a população de insetos começa a aumentar”, explica.
O biólogo da Fundema cita como exemplo a explosão populacional de besouros em Brusque em 2020, em que o inseto aparecia nas casas. No caso das mariposas, Pedro afirma que uma das características é se acumular em pontos específicos por causa da luz.
“Elas são muito visíveis. As mariposas são muito ativas à noite, principalmente em locais onde há muita luminosidade. A concentração delas no Centro pode se dar pela iluminação urbana”, comenta.
A mariposa eclode de um ovo como lagarta. Depois, produz um casulo e sai na forma de mariposa após passar pelo processo de metamorfose. Posteriormente, ela coloca ovos e morre pouco tempo depois.
Segundo o biólogo, o curto prazo de vida em meio a uma explosão populacional pode explicar o acúmulo de mariposas mortas nas ruas da cidade. “O inseto não costuma viver muito tempo. Acredito que, desde quando eclode como mariposa até morrer, vive entre 15 dias e dois ou três meses, aproximadamente”.
Ele avalia que o período de explosão populacional, gerando o acúmulo do inseto em Brusque, não deve durar muito tempo, assim como a explosão populacional de besouros em 2020. Entretanto, o biólogo afirma que não é possível precisar um período exato em que elas permanecerão concentradas nos pontos luminosos da cidade.
O especialista comenta ainda que as mariposas não causam, por si só, problemas de saúde das pessoas. Entretanto, faz ressalvas para algumas situações.
“As mariposas têm pequenas escamas na asa que podem causar algum tipo de irritação caso as pessoas peguem ela na mão e passe nos olhos. Seria como se fosse ‘poeira’, mas elas não causam nenhum problema à saúde”, afirma.
Ainda como lagarta, algumas delas têm pelos e causam queimaduras, mas nem todas. No entanto, desde que esteja na forma de mariposa, o biólogo reforça que o inseto não causa danos às pessoas.
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