Exportações aumentam e importações diminuem em Brusque no primeiro semestre de 2024
Município é o 28º de SC e o 551º do país no ranking de exportações
Município é o 28º de SC e o 551º do país no ranking de exportações
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostram que Brusque aumentou as suas exportações e diminuiu as importações no primeiro semestre de 2024. Os números são em comparação ao mesmo período de 2023.
De janeiro a junho de 2024 Brusque exportou 33,93 milhões de dólares, o que significa um aumento de 7,1% em relação ao mesmo período de 2023. O município aparece em 28º no ranking de exportações de Santa Catarina e em 551º no ranking nacional. As exportações brusquenses representaram 0,5% das participações de exportações de SC e 0,02% nas exportações do Brasil nos meses analisados.
Nas importações, Brusque faturou 182,88 milhões de dólares no primeiro semestre deste ano, com uma redução de 11% em comparação ao mesmo intervalo de 2023. O município é o 12º do estado no ranking de importações e o 129º do país e tem participação de 1,1% no total de importações estaduais e 0,1% nas nacionais.
O economista, especialista em economia e finanças e professor da Unifebe, Wagner Dantas, explica que a balança comercial de Brusque é deficitária desde os anos 2000.
“O que explica a redução de 11% nas importações é muito em função dessa ‘pressão’ em relação ao dólar que visualizamos nesse ano. Se temos um setor como o de Brusque, de fiação, bastante intensivo nas importações, as empresas têm que relativizar esse aumento no custo do produto e com certeza isso vai afetar as suas margens, então elas precisam recalcular tudo isso, mudar a estratégia, é um aumento muito acentuado”, analisa.
“A correlação é direta. O aumento no dólar vai fazer com que os importadores analisem melhor os seus custos e a sua estrutura”, completa.
Já em relação às exportações, o efeito é contrário, afirma. “Toda vez que o dólar sobe, o produto brasileiro fica mais competitivo, apesar de que a nossa cadeia de exportação ficou muito quebrada ao longo dos anos 2000 pra cá, muito em função do uso de produtos importados.”
Mas, o economista avalia que a balança comercial brusquense ainda é e deve permanecer deficitária por um tempo. “Não vejo a virada da cadeia produtiva [de Brusque] de importadora para exportadora”, diz.
As exportações mais expressivas nos seis primeiros meses de 2024 são do ramo automotivo, com 35%. O número inclui veios de transmissão, cambotas, manivelas, chumaceiras, bronzes, engrenagens, rodas de fricção, eixos de esferas ou de roletes, redutores, multiplicadores e caixa de transmissão. As peças são usadas na fabricação de veículos, como motores.
“O setor exportador vai se beneficiar desse movimento, fazendo com o que os produtos brasileiros fiquem mais competitivos lá fora. Então o setor exportador ganha com isso”, esclarece Wagner.
Em segundo lugar, com 22%, estão os aparelhos para interrupção, seccionamento, protecção, derivação ou conexão de circuitos elétricos (por exemplo, interruptores, corta-circuitos e suportes para lâmpada).
Máquinas e aparelhos para preparação ou fabricação industrial de alimentos ou bebidas, exceto máquinas e aparelhos para extração ou preparação de óleos ou gorduras vegetais, representam 9,4%
Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para motores de ignição por faísca, ou por compressão (por exemplo, magnetos, velas de ignição ou de aquecimento e motores de arranque), equivalem a 7% de todas as exportações.
Farinha, sêmola, pó, flocos, grânulos e pellets de batata, contabilizam 3,1% do total. Máquinas e aparelhos, para trabalhar borracha ou plástico, ou para fabricação de produtos dessas matérias, correspondem a 2,7%.
Outros tecidos de malha refletem 1,4%, tecidos de malha de largura superior a 30 centímetros 1,3% e roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha 1,2%.
Já os produtos mais importados no primeiro semestre deste ano são fios de filamentos sintéticos (exceto linhas para costurar) que movimentam 11%. Fios de fibras sintéticas descontínuas (exceto linhas para costurar) são 6,8%. Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para motores de ignição por faísca, ou por compressão (por exemplo, bobinas de ignição, velas de ignição ou de aquecimento e motores de arranque) são 5,6%.
Máquinas para preparação de matérias têxteis, máquinas para fiação, dobragem ou torção de matérias têxteis, máquinas de bobinar ou de dobrar matérias têxteis são 4,5% do total de importações. Objetos de vidro para serviço de mesa, cozinha, toucador, escritório, ornamentação de interiores ou usos semelhantes 3,1%, fios de algodão (exceto linhas para costurar) 2,5% e aparelhos para interrupção, seccionamento, protecção, derivação, ligação ou conexão de circuitos elétricos (por exemplo, interruptores, corta-circuitos e suportes para lâmpadas) 2,2%.
A dependência do setor têxtil, principalmente de fiação, nas importações, é um fator negativo. “O aumento do dólar reflete nos custos e provavelmente verão suas margens mais apertadas num setor que já é competitivo por natureza”, salienta.
Os principais países parceiros de exportação com o Brasil são Argentina, México, Estados Unidos, Alemanha e Uzbequistão. O país do qual o Brasil mais importa é a China.
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