Exportações: Brusque encerra primeiro semestre com melhor resultado desde 2010
Entre janeiro e junho, o município exportou 38,14 milhões de dólares
Entre janeiro e junho, o município exportou 38,14 milhões de dólares
Nos primeiros seis meses de 2022 Brusque exportou 38,14 milhões de dólares. O valor é o maior registrado para o período desde 2010, quando foram exportados 40,31 milhões no primeiro semestre. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Em comparação com o último ano, quando a cidade já havia registrado crescimento na importação e exportação, Brusque exportou 38,87 milhões entre julho e dezembro. O valor registrado no primeiro semestre de 2021 foi 30,34 milhões.
A presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Rita Cassia Conti, explica que o valor é resultado de diversos fatores. O principal, conforme a empresária, é alta do dólar e a baixa do real, o que torna os preços nacionais atrativos no exterior.
“Há uma inflação a nível mundial e inseguranças com a questão da guerra. Por mais dificuldades que temos na economia, ela está igual, não tem altos e baixos. No dia a dia sim, mas a nível mundial não”, inicia. “É uma economia vista como sem terrorismo e guerras, o Brasil é um país atrativo. Isso rendeu ao agronegócio, por exemplo”, avalia.
Dentre os produtos mais exportados de Brusque estão máquinas e aparelhos, material elétrico e suas partes; aparelhos de gravação ou reprodução de som, aparelhos de gravação ou reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e acessórios; e matérias têxteis.
Neste período, Brusque importou 144,93 milhões de dólares. Portanto, a balança comercial do município registrou déficit 106,78 milhões de dólares nos primeiros seis meses.
Em Santa Catarina, Brusque representou 0,6% na participação nas exportações de janeiro a junho. Resultado coloca o município no 30º lugar no ranking no estado. Já em relação às importações, a cidade representou 1,1% na participação, o que garantiu o 12º lugar no ranking de importações do estado.
Os dados também foram positivos para Santa Catarina, que encerrou o primeiro semestre do ano com recorde no comércio exterior após seis meses consecutivos de máximas na série histórica iniciada em 1997.
As exportações nos primeiros seis meses no estado somaram 5,8 bilhões de dólares, enquanto as importações totalizaram 13,5 bilhões. De acordo com balanço da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), o aumento na cotação de preços e a retomada da corrente internacional estão entre as razões que ajudam a explicar os bons resultados na balança comercial catarinense.
“Santa Catarina teve uma participação de 3,6% do total de exportação brasileira no primeiro semestre deste ano. O crescimento das vendas para o exterior, principalmente de produtos de alta intensidade tecnológica, demonstram a competitividade e a qualidade da nossa indústria no mercado internacional”, comenta o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.
Durante o período, os principais mercados de Santa Catarina continuam sendo os Estados Unidos, que representou 18,4%, e a China, 13,6%. Os Estados Unidos vêm puxando a expansão das exportações catarinenses de motores elétricos, partes de motor, madeira serrada e obras de carpintaria para construção.
“Devido à desaceleração da economia chinesa, as exportações catarinenses para o país sofreram redução no primeiro semestre. Apesar disso, Santa Catarina diversificou e fortaleceu outros mercados internacionais, principalmente na União Europeia, Oriente Médio e Oceania”, completa Mario.
Além da moeda e do cenário, Rita Conti destaca a estrutura industrial catarinense, que é muito setorial. Ou seja, produz desde o têxtil até a madeira. “Santa Catarina tem muitos setores no termo de indústria e tem respostas muito rápidas. As indústrias estão se modernizando e isso é uma grande oportunidade. Sem contar a entrada de euro e dólar para cá, o que valoriza e movimenta a economia”, finaliza.