Exportações caem quase 20% em Brusque nos primeiros meses de 2020

Pandemia da Covid-19 teve impacto significativo nos números negativos, de acordo com presidente da Acibr

Exportações caem quase 20% em Brusque nos primeiros meses de 2020

Pandemia da Covid-19 teve impacto significativo nos números negativos, de acordo com presidente da Acibr

De janeiro a abril, Brusque teve uma queda de 19,2% nas exportações, se comparado com o mesmo período do ano passado. Nos primeiros quatro meses de 2020, Brusque exportou em torno de US$ 14,8 milhões. Em todo o ano de 2019, as exportações do município totalizaram US$ 54,47 milhões. Os dados são do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

O principal parceiro comercial de Brusque, na exportação, é os Estados Unidos. Até abril, o município exportou US$ 2,67 milhões, uma queda de 30,9% em comparação com o mesmo período de 2019. Em valores absolutos, isso significa que Brusque deixou de exportar aos Estados Unidos US$ 1,19 milhão.

As exportações para o México representaram US$ 1,98 milhão, com queda de 13,4% nos primeiros quatro meses de 2020. Já as exportações para a Argentina tiveram queda de 24,5%, totalizando US$ 1,39 milhão até abril. Quase 80% das exportações correspondem ao setor metalmecânico. Já 7,81% são materiais têxteis.

A presidente da Associação Empresarial de Brusque, Rita Cássia Conti, avalia que a queda no comércio exterior é reflexo direto da pandemia da Covid-19.

“Tivemos um impacto gigantesco do coronavírus. Nem todas as empresas conseguiram manter os pedidos adequadamente. Primeiro paramos, depois tivemos a redução de colaboradores. Também tem a dependência de outros países com as fronteiras fechadas”, diz.

Para ela, entretanto, este é o momento de as empresas aproveitarem para entrarem no mercado externo, principalmente devido ao câmbio alto. “A Fiesc, a Facisc estão fazendo um trabalho grande em cima disso, para manter os negócios externos. Isso é favorável para todas as empresas: micro, pequenas e grandes”. 

De acordo com Rita, este é o momento de as empresas se readequarem. “O valor de dolarização está muito bom. Agora é conversar com fornecedores, clientes, entrar em um acordo e pensar que nesse período estamos passando por uma transformação e que pode ter muitas oportunidades para abraçar”.

Importações também tem queda

Brusque também teve queda nas importações nos primeiros quatro meses de 2020, porém, foi bem menos acentuada do que as exportações. Neste ano, a cidade importou 5,8% a menos do que no mesmo período de 2019. De acordo com o Ministério da Economia, foram US$ 84,7 milhões.

Porém, a presidente da Acibr já espera uma queda mais acentuada das importações nos próximos meses, devido ao preço do dólar. “A importação, com o câmbio que está, fica quase impraticável trazer produtos de fora. O setor têxtil é bastante impactado e deve cair muito o índice de importação”.

O principal parceiro comercial do município nas importações é a China. Até abril, Brusque importou do país asiático, US$ 46,9 milhões, o que representa uma queda de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O setor têxtil é o responsável pela maior parte das importações do município. Só o segmento importou até o momento 37,67%. Já 12,1% das importações foram do setor metalmecânico.

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