Exposição de selos do Império celebra visita de Dom Bertrand a Brusque
Príncipe Imperial ganhou um selo comemorativo em homenagem a sua vinda ao município
Uma das atrações relacionadas à visita do príncipe imperial Dom Bertrand Orleans e Bragança a Brusque foi a Mostra Filatélica Império do Brasil, promovida pelo Clube Filatélico de Brusque no Centro Empresarial, Social e Cultural (Cescb). O filatelista Wallace Nóbrega Lopo expôs a sua coleção de selos, cartas e carimbos da época do império do Brasil como forma de homenagem ao príncipe.
A exposição mostrou a coleção completa de selos do império, desde o primeiro lançado no Brasil, o Olho de Boi, em 1843, até o último, a Cifra de 700 réis, emitido pelo Império em outubro de 1888. De acordo com Lopo, o selo mais raro da coleção do império é o Inclinado de 600 réis, que só teve 20 mil impressos. “Procuro os selos em leilões, encontros de filatelistas e na internet. A coleção é um hobby que virou coisa séria”, diz.
Para o filatelista, exibir a coleção ao príncipe foi uma honra. “Me sinto honrado em poder mostrar a ele, na exposição estão partes da história não só do Brasil, mas da família dele”.
Selo comemorativo
O evento também contou com o lançamento do selo comemorativo à visita de Dom Bertand a Brusque. O selo foi desenhado pelos membros do Clube Filatélico e produzido pelos Correios. “É um selo comemorativo oficial”, diz o presidente do clube, Jorge Paulo Krieger Filho.
Durante o evento, Dom Bertrand fez a obliteração (carimbou) do primeiro selo em sua homenagem. A peça foi produzida em pequena escala – apenas 150 – e só estará disponível para venda com os membros do clube brusquense. O valor ainda não foi definido. “Fizemos poucas unidades para se tornar uma peça rara, de colecionar mesmo. O império é uma das coleções mais requisitadas, por isso, aproveitamos a presença do príncipe para prestar essa homenagem”, diz Krieger Filho.
Dom Bertrand agradeceu a homenagem realizada pelo clube e destacou que as coleções de selo são altamente instrutivas. “As coleções podem parecer mania, mas são muito didáticas para conhecer a história e seus detalhes. Meu pai teve coleções de selo, eu também tive e passei aos meus sobrinhos. Precisamos estimular a juventude à filatelia”.