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Fala, doutor!

  • Por Like
  • 31/01/2016
  • 16:45

Direto da página do Like para o nosso blog… mais um conselho bem dado pelo Dr. Jonas K. Sebastiany. Adolescentes de todas as idades… melhor dar uma boa lida!

 

The way of whey protein (ou o caminho da roça)

Já escrevi dia desses neste mesmo espaço que Whey Protein não é brincadeira. O uso abusivo deste tipo de proteína, associada a gordura e carboidratos, apresentada sob forma de concentrado, hidrolisado ou solado, pode ser bastante prejudicial para a saúde. Sei que estou fazendo o papel do tio chato, que quer estragar a brincadeira, mas alguém precisa encarar a função de advogado do capeta…

Prestem bem atenção: a imensa maioria das pessoas NÃO PRECISA DE QUALQUER SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR. As exceções são pessoas com problemas metabólicos específicos (transitórios ou permanentes) e os atletas profissionais, ditos de alto rendimento. Camarada, malhar na academia não é alto rendimento, sacou? Precisa de um desgaste físico absurdo para que nosso corpo não consiga se virar muito bem com uma dieta relativamente balanceada.

Faço questão do relativamente porque não precisamos de uma vida alimentar lotada de restrições para termos um organismo saudável. Se fizermos o básico, ingerindo equilibradamente alimentos de todos os grupos (energéticos, construtores e reguladores) já teremos uma boa parte do caminho andado.

Agora, o cara que se entope de cachorro quente, batata frita, refrigerante e abomina frutas e verduras jamais vai compensar estas carências com o Whey da hora ou os suplementos mais caros. O negócio é fazer a lição de casa, meu velho!

Só para teres uma ideia, existem estudos preliminares que associam o uso de Whey Protein a episódios de febre, insônia, insuficiência renal, aumento de peso (gordura da braba, mesmo), hipertensão arterial, taquicardia e arritmia cardíaca, entre outros…

Não existe muita mágica que realmente funcione nessa vida. A velha fórmula de atividade física continuada, alimentação equilibrada e cabeça arejada ainda não conseguiu substituto à altura. Fora disso, o bom mesmo é consultar uma nutricionista competente, ética (temos várias desta estirpe em nossa cidade), que não caia na tentação de extrapolar suas atribuições nem oferecer perda de massa gorda e ganho de massa magra da noite para o dia. Assim como na medicina ou em qualquer profissão, não caia na tentação de acreditar naquilo que é bom demais para ser verdade! 

Jonas K. Sebastiany – Médico do Trabalho