O ser humano costuma conviver bem com animais, especialmente com os animais domésticos, como cães e gatos. Mas com alguns outros a relação nem sempre é tão agradável ou tranquila. Um exemplo de animal com o qual às vezes precisamos conviver – principalmente nos climas mais quentes – são as cobras e, dentre elas, as serpentes. Muito embora se tomem medidas preventivas para evitar esses animais, e mesmo sabendo que nem todas as cobras são mortais, o risco sempre existe. Mais comuns em terrenos agrícolas, as cobras também são encontradas na zona urbana. Elas se inserem nos jardins e parques, na vizinhança e, em alguns casos, até mesmo na nossa propriedade, chegam a invadir nossas casas, nossa cozinha e a serpentear no tapete da sala.

Entre as várias espécies de cobra, temos Costumam se alimentar de pequenos roedores, principalmente de ratos, mas vez por outra fazem outras vítimas, como rãs e sapos, ou répteis como lagartos de pequeno porte.  A cor e os desenhos dessa cobra proporcionam a ela uma excelente camuflagem, o que as torna ainda mais ameaçadoras.

Conhecer suas principais características nos fornece instrumentos para lidar de forma adequada com elas. Por exemplo, se a cobra estiver dentro de casa ou do quintal você pode jogar um cobertor sobre ela. A tendência é que, pega de surpresa, ela fique imóvel por alguns instantes. Essa “paralisia temporária” da peçonhenta permitirá que você assuma o controle da situação e transfira a cobra para um local onde não ofereça tanto risco. – Isso se você quiser poupar a cobra, é claro. Mas se ela já estiver pronta para dar o bote, é possível que você não tenha o sangue frio necessário para traçar uma estratégia para se livrar da peçonhenta sem matá-la. Neste caso, é provável que você siga o seu instinto de sobrevivência e, das duas, uma: ou foge e deixa a cobra “dominando o território”, ou “parte para cima”, e investe na sua eliminação.

Se a sua opção for eliminar a cobra, faça uso da sabedoria popular e da experiência dos que estão acostumados a lidar com bichos peçonhentos.  E a experiência secular do convívio com esse tipo de situação ensina uma técnica bem simples:

– Mire o pau no meio da cobra e quebre sua espinha.

Mas, na prática, qual a diferença entre acertar a jararaca na cauda ao invés de acertar a cabeça? A resposta é simples: quando batemos na cauda, é provável que a machucaremos – em menor ou maior grau. Ela vai sangrar, mas vai sobreviver – ainda que um pouco mutilada – e continuará serpenteando, provavelmente se recompondo rapidamente para um novo bote. No entanto, ao quebrar a espinha e imobilizar o réptil, você já ganhou a jogada, visto que a agilidade da cobra – centenas de vértebras e costelas – está intimamente relacionada com a chave para a sua locomoção. Assim, estando ela com a espinha quebrada, é momento de proferir o golpe na cabeça e resolver o problema de vez.  Então, fica a dica:

– Se eliminar a serpente for necessário, acerte-a primeiro na espinha.

Depois, você pode fazer o que bem entender, pois para ela já estará tudo acabado.

Ah, e só para lembrar o leitor desta coluna: “qualquer semelhança com a vida real, é mera coincidência”.