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Falta de área de lazer faz associação pedir transferência de escola no Dom Joaquim

Intenção é aproveitar espaço da Monsenhor Gregório Locks para uma praça

O crescimento do Dom Joaquim aumentou a demanda por espaços públicos para lazer. Com a limitação de terrenos, líderes comunitários e da Prefeitura de Brusque buscam possibilidades de espaços. A principal delas é na área central do bairro, onde funciona a Escola de Educação Básica Monsenhor Gregório Locks.

A estrutura fica entre uma área residencial e o terreno pertencente à Paróquia Santa Catarina, em uma das principais ruas do bairro. Devido ao fluxo intenso de veículos, a transferência da escola é defendida desde antes de 2009 pelo presidente da Associação de Moradores (Amadoj), Valdir Hinselmann.

De acordo com Hinemann, a medida amenizaria boa parte das demandas por espaço, tanto da população local, quanto da própria escola. O fluxo para atender a comunidade escolar e o trânsito no local já fizeram integrantes de empresas de transportes de estudantes e empresários cobrarem melhorias no entorno.

Uma área pública chegou a ser indicada como possibilidade para receber a estrutura da nova escola, mas ainda sem uma definição. Segundo o presidente, a intenção é aproveitar o espaço para a construção de uma praça. “Hoje é um sonho. Talvez não seja algo tão acessível, mas é preciso buscar isso, pensando a longo prazo”.

Poucas opções
Para ele, com o crescimento do bairro, aumenta a necessidade por opções de lazer para a comunidade. Segundo estimativas de Hinselmann, o bairro conta com cerca de 11 mil habitantes e passa por um processo de crescimento constante.

Diferentes áreas já foram analisadas para receber uma praça, mas nenhuma das áreas se enquadra na necessidade. Hoje, o único espaço público disponível para o bairro é a academia pública, construída em área do estacionamento da igreja.

Apesar da disponibilidade, equipamentos foram retirados para manutenção e não foram recolocados. Mesmo com a ação preventiva, é possível constatar materiais quebrados, com desgastes na pintura e ferrugem.

As alternativas, segundo Hinselmann, já foram discutidas com o prefeito Jonas Paegle e com o vice Ari Vequi, há cerca de dois meses. A possibilidade de utilizar a atual quadra da escola Monsenhor Gregório Locks é descartada. O patrimônio pertence ao governo do estado e o uso é limitado às atividades escolares.

Estrutura no limite
O diretor da escola, Nelio Bauer, acompanha os debates desde 2008. A estrutura atual atende quase 1,3 mil estudantes, mas está em seu limite. “Se tivesse uma possibilidade de ir para outra área, seria ótimo”.

Para atender as demandas deste ano, a escola precisou abrir mais uma turma, somando 21 ao todo. Só em 2018, foram 150 novas matrículas no local. Caso haja a necessidade de uma nova ampliação, a única possibilidade seria vertical, considerada de custo inviável pelo diretor.

Segundo ele, com a urbanização, a escola acabou limitada em possibilidades de áreas. O desafio é constante e a busca por alternativas é vista com bons olhos pelo diretor, apesar da morosidade. “Se o bairro continuar crescendo, em um curto espaço de tempo não teremos espaço para atender todo mundo”.

Efeitos do crescimento
Vice-presidente da associação, Heinz Stahnke acompanha os debates e reforça a necessidade de atentar para a melhoria da qualidade de vida dos moradores do local. “O bairro tem que crescer, mas é preciso fazer isso com qualidade”.

O grande uso dos estacionamentos públicos, afirma, mostra o excesso de veículos no bairro. A situação, segundo Stahnke, exige atenção de motoristas, uma vez que boa parte das ruas são usadas por crianças.

Apesar do desenvolvimento gerado com o crescimento, não raro os loteamentos carecem de infraestrutura básica. Em alguns casos, como na rua Arlindo Brogni, a instalação de tubulação para o saneamento está sendo feito agora, depois de cerca de 15 anos da construção. O local conta com cerca de 100 casas.

O crescimento também tem reflexos em serviços básicos do bairro, como o abastecimento de água.

Bairro é prioridade
Segundo o vice-prefeito Ari Vequi, a construção de uma nova escola para o Dom Joaquim foi indicada como uma das prioridades do município para investimentos do governo estadual. A dificuldade encontrada para tirar a medida do papel é a mesma para a construção de uma área de lazer: espaço.

A nova estrutura, afirma, deveria suprir a necessidade do bairro por cerca de 20 anos e atender 4,5 mil estudantes. “É o maior bairro de Brusque que não tem uma escola nova, mas precisa de uma área que suporte um colégio desse porte”.

A área pública, às margens da rua Beira Rio, está entre as possibilidades analisadas para serem oferecidas ao governo do estado, de acordo com o vice-prefeito. Além dela, Vequi afirma aguardar a apresentação de outras alternativas mais adequadas ao projeto.