Falta de desapropriação de terrenos impede início das obras do entroncamento da BR-101

Prefeitos de Brusque e Itajaí devem se reunir com governo do estado para discutir início das obras

Falta de desapropriação de terrenos impede início das obras do entroncamento da BR-101

Prefeitos de Brusque e Itajaí devem se reunir com governo do estado para discutir início das obras

O prefeito de Brusque, Ari Vequi participou de uma reunião com o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, na qual debateram a questão do entroncamento entre as rodovias Antônio Heil e a BR-101. O encontro ocorreu na quinta-feira, 20, na cidade vizinha.

Com o retorno do governador Carlos Moisés, os prefeitos pretendem unir esforços para retomar a pauta sobre a interseção das rodovias.

“Como o retorno do governador Moisés, voltamos com a possibilidade de desapropriar as áreas no entorno da BR-101. Havia uma discussão com a Arteris Litoral Sul, da concessão do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) para construirmos as alças. Mas existe um grave problema que é a falta de desapropriações”.

O prefeito de Brusque diz que o governo do estado fez contato novamente com alguns proprietários para verificar a questão da desapropriação. Durante a reunião com Morastoni, Vequi diz que eles pretendem “retornar a agenda com o governo de Santa Catarina para que possam auxiliar de alguma forma”.

Ele comenta que o objetivo é realizar uma reunião para debater a questão das desapropriações com o secretário de Estado da Infraestrutura, Thiago Augusto Vieira.

“Existem algumas áreas que dependem da Prefeitura de Itajaí, algumas com o rio próximo, outras com edificações. Fui falar com o prefeito para fazermos uma reunião com o governo para retomar a conversa”, salienta.

Atraso na discussão

Segundo ele, a mudança de governo, devido ao afastamento de Moisés pelo processo de impeachment, acabou atrasando a discussão do projeto das alças na BR-101.

“Inicialmente, a Secretaria de Estado da Infraestrutura começará pela discussão da desapropriação. Itajaí também se colocou à disposição para poder auxiliar, já que é uma coisa que não tem nada a ver conosco. É uma situação que atinge Brusque 100%, mas que nós não podemos fazer nada”, diz Vequi sobre a primeira conversa com o secretário responsável pela pasta.

Vequi comenta que antes de ser afastado, o governador de Santa Catarina havia anunciado os projetos de lei 64/21 e 65/21 que determina a destinação de R$ 200 milhões para a duplicação da BR-470, R$ 100 milhões para a BR-163 e R$ 50 milhões para a BR-280, totalizando R$ 350 milhões em investimentos estaduais nas obras federais.

“Ele quer resolver esses gargalos que envolvem o estado e esse de Itajaí é um dos principais, pois atrapalha todo desenvolvimento de Itajaí, Brusque e da região”, diz.

Vequi recorda que a falta de recurso para viabilizar a desapropriação do espaço fez com que os governos anteriores não conseguissem realizar o projeto das alças.

“Na época do governo Raimundo se falava em um valor próximo de R$ 40 milhões [das desapropriações]. É um valor alto, por isso na época o estado não tinha recurso e não executou a obra. Na época se avaliava que tanto a obra como a desapropriação seriam cerca de R$ 70 milhões ao todo”, diz. Ele acredita que os valores atuais para construção das alças devem ser maiores.

Vequi explica que no momento as prefeituras cobraram o DNIT, para cobrar uma solução da Arteris Litoral Sul, que é a concessionária do trecho. “É uma forma de buscarmos algo com a concessionária. Se o governo do estado aceitar a desapropriação e começar a atuar, ele mesmo pode fazer a obra, ou faz a desapropriação e depois cobra da concessionária a execução da obra”, salienta.


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