Falta de matéria-prima compromete abastecimento de medicamentos em Brusque

Indústrias farmacêuticas estão com dificuldade para produzir medicações que abastecem o Sistema Público de Saúde

Falta de matéria-prima compromete abastecimento de medicamentos em Brusque

Indústrias farmacêuticas estão com dificuldade para produzir medicações que abastecem o Sistema Público de Saúde

Alguns itens distribuídos na rede municipal de Saúde, como medicamentos, estão com estoque em nível crítico nas unidades em Brusque. Também, já não há mais quantitativo para a reposição dos remédios no almoxarifado. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 27, pela Secretaria de Saúde de Brusque, por meio do Departamento de Assistência Farmacêutica.

Segundo a coordenadora da Assistência Farmacêutica, Patrícia Sassi, o desabastecimento é pela falta de matéria prima nas indústrias farmacêuticas. Situação potencializada desde o início da ocorrência da pandemia do novo coronavírus.

“Em todos os casos, temos documentos dos fornecedores atestando esta causa para a dificuldade em atender aos pedidos”, explica.

No momento, os itens de medicamentos que estão zerados no almoxarifado da Secretaria de Saúde de Brusque são: a Loção oleosa a base de ácidos graxos essenciais + vitamina A e E; Enalapril 10 mg e Hidroclorotiazida 25 mg.

Prefeitura de Brusque/Divulgação

A Loção oleosa a base de ácidos graxos essenciais+vitamina A e E é um medicamento que revitaliza e mantém o equilíbrio hídrico da pele. Ela melhora a elasticidade e auxilia no processo de cicatrização das feridas.

O Enalapril 10 mg é destinado ao controle da pressão alta ou para melhorar o desempenho do coração. E a Hidroclorotiazida 25 mg é um diurético também administrado no tratamento da hipertensão arterial. Ele se destina, ainda, ao controle de inchaços associados a problemas cardíacos e renais, bem como da cirrose hepática.

Os três itens integram a lista de medicamentos essenciais do município deste ano de 2021, a Remune, que tem, no total, 183 itens.

Caso algum usuário já esteja com dificuldade em encontrar o Enalapril e a Hidroclorotiazida nas unidades de Saúde do município, a Coordenadora da Assistência Farmacêutica Patrícia Sassi lembra que os dois medicamentos também fazem parte do programa Farmácia Popular, do Ministério da Saúde. E por isso, podem ser retirados nas farmácias credenciadas, gratuitamente.

Prefeitura de Brusque/Divulgação

Desabastecimento Regional

A situação vivenciada em Brusque pela falta dos ácidos graxos essenciais, do Enalapril 10 mg e Hidroclorotiazida 25 mg não é uma realidade exclusiva da cidade.

De acordo com o diretor executivo do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Cisamvi), Cleones Hostins, todas as cidades do Médio Vale representadas pelo consórcio, também enfrentam a mesma dificuldade.

Confira panorama atual referente aos medicamentos, no âmbito do Cisamvi

Hidroclorotiazida 25mg – O laboratório não estava conseguindo entregar. Foi trocado o fornecedor e ainda se encontra certa dificuldade nas entregas, em relação a atrasos. Mas, de acordo com a empresa, a previsão de normalização é no início de maio.

Enalapril Maleato 10mg – A empresa atualmente responsável pelo fornecimento ao Consórcio solicitou prorrogação de prazo de entrega para 20 de maio de 2021. Apresentou carta do laboratório com previsão de entrega em 30 de abril. O Cisamvi aguarda a confirmação da entrega.

Ácidos Graxos Essenciais – No último contato com o fornecedor, em 23 de abril, informaram não ter previsão de entrega e que estavam aguardando posição do laboratório. O item foi licitado em novo pregão, com previsão de liberação na próxima semana.

Brusque efetua suas compras de medicamentos por licitação municipal e também por meio do Cisamvi, o que se torna mais vantajoso para a cidade por ter o respaldo jurídico e especialmente, a questão financeira, com a redução de preços em função do maior quantitativo adquirido pelo Consórcio regional para as cidades integrantes do bloco associativo.

O diretor executivo do Cisamvi acrescenta, ainda, que, além dos municípios do Médio Vale, outras cidades catarinenses também estão com dificuldades na aquisição desses medicamentos, a exemplo de Balneário Camboriú, Canoinhas e Videira.

Prefeitura de Brusque/Divulgação

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