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Falta de peças no mercado e aumento de preços afetam mecânicas de Brusque

Situação é percebida após a pandemia da Covid-19

Desde o início da pandemia da Covid-19, proprietários de oficinas mecânicas de Brusque percebem a falta de peças no mercado. A situação afeta a agilidade na entrega do serviço e também os preços.

De acordo com Rafael Bertolini, proprietário da Mecânica Bertolini, o problema é sentido desde 2020. “Acontece bastante, principalmente depois da pandemia e depois do fechamento da fábrica da Ford no Brasil”, conta.

Conforme ele, todas as marcas foram afetadas, sendo nacionais ou importadas. Ele cita que as dificuldades são sentidas na busca por peças elétricas e peças derivadas de ferro e aço. Assim, o cenário foi de aumento dos valores. “Primeiro faltou, depois voltou com um aumento absurdo, como todo o aço em geral. Eletrônica também”, detalha.

No período, Rafael explica que as mecânicas conseguiram dar vazão nos reparos de carros populares, pois tem mais giro. Ou seja, as próprias autopeças e oficinas contam com estoque de peças.

“Agora, as com giro menor, com pouco estoque, nos afetou. Como a fabricante após a pandemia começou a atrasar, automaticamente começou a faltar mais rápido”, diz ele.

Rafael explica que a situação é sentida em todo o setor automobilístico, inclusive na produção de veículos. “A gente percebeu uma pequena melhora, mas ainda não está como era antes da pandemia”, avalia.

Dificuldades com importados

Para Gerson dos Santos, proprietário da Auto Mecânica Kohler, a situação está estabilizada, pois o estabelecimento trabalha mais com a linha nacional. Contudo, ele relata mais dificuldades quando se trata de veículos importados.

“São peças específicas e não comuns, que talvez encontremos dificuldades. Acontece mais quando precisamos de peças importadas, como as coreanas, Kia e Hyundai, Citroën. Em relação à Ford, os carros mais antigos são mais tranquilos, só os mais novos que saíram da linha podem dar uma falta”, aponta.

Segundo ele, o aumento do valor das peças foi de 60% a 70%. “A parte de pneus até hoje tem bastante medidas em falta, que não consegue abastecimento”, relata.

De acordo com Rodrigo Marcos, proprietário da Rotech Centro Automotivo, o cenário já melhorou e ele afirma que não encontra tantas dificuldades em encontrar peças. Porém, o profissional também aponta que as dificuldades são com carros importados.

“Por causa da pandemia os preços subiram. A Ford está ficando mais ruim de achar peças, a Land Rover também, mas o resto estamos bem de peças no mercado”, completa.

Mecânicas se adaptam ao mercado 

Gerson conta que o cenário fez a forma de trabalho em buscar peças mudar. “Hoje temos outras ferramentas, como o Mercado Livre, e temos outros caminhos. Estávamos acostumados com o tradicional, que é ligar para as distribuidoras. Mas há outras formas hoje em dia para suprir essa falta”, comenta.

Rodrigo complementa que, por ter empresas de importadores na região, além do Mercado Livre, a busca de peças de carros importados foi facilitada.

“O máximo que a gente demora por causa de peça são cinco dias, mas hoje está vindo bem mais rápido, em três dias estão aí. Não acho dificuldade de encontrar peças. Em Brusque é um pouquinho mais complicado com carro importado, mas não é difícil”, diz.

Já Rafael comenta que a empresa abriu o leque de fornecedores. “O que não encontramos na região, precisamos procurar fora. Antes estava tudo na mão, agora não mais. precisamos consultar na internet, de empresas fora da cidade e encomendar, dificultou bastante”, finaliza.

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