Obras de restauração do Museu de Azambuja param por falta de recursos

Em março, voluntários chegaram a trabalhar no local, mas manutenção da cobertura dificulta andamento

Obras de restauração do Museu de Azambuja param por falta de recursos

Em março, voluntários chegaram a trabalhar no local, mas manutenção da cobertura dificulta andamento

O projeto de restauração do Museu Arquidiocesano Dom Joaquim está parado por falta de recursos. Cerca de R$ 30 mil são estimados para a manutenção da estrutura interna da cobertura do prédio de mais de 2,4 mil metros quadrados. Sem o valor em caixa, as possibilidades para retomar as atividades são avaliadas internamente e as visitas só estão disponíveis com agendamento.

De acordo com do diretor do museu, padre Francisco Wloch, a estrutura precisa de manutenção, mas não apresenta riscos aos visitantes. A decisão por paralisar o andamento dos serviços foi tomada na metade do ano, devido aos valores cotados para reforma da cobertura do prédio.

Com a constatação e sem os recursos necessários, o diretor afirma não haver previsão de retomar os trabalhos no local. Um levantamento sobre quais as necessidades do prédio e possibilidades de custeio da manutenção são discutidos pela equipe interna.

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Mesmo com a necessidade de manutenção, Wloch acredita não haver prejuízos nas visitações ao museu. Apesar do espaço não ficar aberto, visitas em grupos podem ser agendadas durante o período de reforma.

Desde o ano passado
A revisão do acervo e estrutura do Museu Arquidiocesano Dom Joaquim começou ainda no ano passado. As atividades eram parte de um projeto museológico, desenvolvido em parceria com o Instituto Cultural Soto.

Em março deste ano 14 técnicos do órgão, sediado em Itajaí, atuavam no museu. Durante o processo também estava prevista a revisão do catálogo de peças presentes no espaço. Com a remodelação do ambiente e das peças, havia a expectativa de um aumento no número de visitantes. A proposta foi publicada por O Município, na edição do dia 29.

Sem riscos
O engenheiro Carlos Fernando Mueller já prestou serviços ao Seminário e ao Hospital Azambuja e acompanha o andamento das manutenções no museu. De acordo com ele, o valor orçado para manutenção leva em conta uma revisão geral da cobertura, mas classifica o problema como pontual. Pela avaliação dele, o prédio não apresenta problemas e vinha recebendo adaptações para um projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PCCI).

Ele estima que cerca de 98% das madeiras usadas, em sua maioria de lei, estão em boa qualidade. Os problemas, afirma, foram constatados em adaptações usadas para apoiar as telhas da torre de acabamento do telhado. Algumas estão podres e não suportam o peso das telhas. Cerca de quatro delas caíram.

Todo o trabalho levaria cerca de 45 dias, pelas estimativas de Mueller. “Não é algo grave, é uma questão de recuperação de madeiras”, tranquiliza o engenheiro. De acordo com ele, os pontos onde o problema foi constatado foram isolados.

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Inventário

Paralelamente à reforma, há também um trabalho de catalogação com uma avaliação técnica do acervo existente. Por enquanto ele ainda passa pela elaboração do projeto.

Os registros informatizados devem substituir o antigo registro em fichas e permitir a consulta virtual do acervo. A tendência é que os trabalhos sejam intensificados no segundo semestre.

Durante o inventário, foi constatado que há peças consideradas de grande valor histórico ou artístico com itens sem relevância museológica ou fora de contexto. Nestes casos, os itens devem ser realocados no complexo. Outro problema é a falta de um controle sobre o tamanho exato do acervo.

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