Família brusquense decora casa e entregará doces no Dia das Bruxas
Residência fica na rua Adelino da Silva Valle, no Santa Rita
Há quem ame e quem não goste tanto assim do Halloween. Conhecido no Brasil como o Dia das Bruxas, a celebração ocorre nesta quinta-feira, 31.
Em Brusque, uma família decidiu decorar a casa para receber a criançada do bairro, e de outros lugares da cidade, em busca de doces e diversão.
Nesta quinta à noite, a comerciante Katia Oliveira, de 51 anos, o encanador Rogério Borges, 59, e a atendente de e-commerce Felícia Borges, 23, farão a entrega de cachorros quentes, sucos, balas, pirulitos e cupcakes.
Desde 2015, eles enfeitam a residência, que fica na rua Adelino da Silva Valle, nº 25, próxima a capela Santa Rita, em Brusque. Do início tímido, com apenas distribuição de doces, o negócio foi aumentando com o passar do tempo.
“A gente tem filhos, duas são maiores de idade e agora tem os netos. Não é uma cultura nossa, mas está inserida na sociedade. A gente resolveu fazer”, diz Kátia. “Hoje, as crianças passam aqui e perguntam se vai ter o Halloween”, complementa Rogério.
A sensação do macabro não pretende assustar, mas sim divertir os jovens. A preocupação com o planejamento da decoração começa logo no início do ano. Katia ressalta que o empenho é com foco nas crianças.
“É feito com amor, dedicação e prazer de ver a felicidade delas. Não dá trabalho, pena que mais pessoas não fazem, até para ativar a criança interior, principalmente em um mundo tão violento”, conta.
Felícia, filha do casal, destaca que a atividade envolve a família toda. Nos últimos anos, ela procura arrecadar dinheiro para comprar mais doces. “Quanto mais crianças vêm, mais balas precisamos ter para dar. Também envolve a rua”, diz
De acordo com Katia, o foco são as visitas na noite do dia 31, mas a família pretende estender a iniciativa para o dia 1º de novembro.
O primeiro Halloween
Segundo Rogério, a ideia veio da companheira, que via a celebração em escolas e outros locais. “Ela disse para a gente fazer também, começou pequeno. Eu gosto, sou muito ligado nessas coisas, em projetos. Depois vem o resultado e a recompensa de fazer tudo isso, com a felicidade das crianças”, conta.
A família também explica que, antes de 2015, moravam em um condomínio e não tinha espaço para a iniciativa. Com a mudança para a casa, nada os impediu.
Ao olhar para trás, a sensação é de que deu certo, com a participação de familiares e vizinhos, além de que uma escola próxima da residência garante ainda mais a vinda das crianças. Katia conta que a maioria aparece fantasiada.
“Tem gente que não gosta, porque não é algo da nossa cultura. Mas nunca ninguém reclamou, as pessoas apoiam”, diz.
Parede fantasmagórica
Em frente à residência de Kátia e Rogério, fica outro ponto interessante: a casa do aposentado Celso Bonamente, 68. Ali, parte do jardim foi especialmente decorada com um canhão de luz, que cria a ilusão de fantasmas flutuando pela parede.
De acordo com Bonamente, a ideia foi do filho Edson e a proposta é apenas decorativa. “A molecada gosta de ver. A gente, quando era pequeno, não tinha. Era luz de querosene e vela, quase colocava fogo na casa”, conta ele em uma risada.
A mãe da Katia, a aposentada Júlia Gevaerd, 74, complementa que não tinha abóbora moringa na época, fazia o Jack o’lantern com mamão. “Colocava a vela dentro”, diz, também em meio a risadas.
As memórias de um tempo diferente, hoje, encontram uma realidade com mais possibilidades. Ambos acreditam na iniciativa e aguardam a chegada das crianças fantasiadas na rua Adelino da Silva Valle.