Família de suspeito de matar mulher e filho em Blumenau se pronuncia: “total repúdio”
Em nota divulgada à imprensa, pais de Kelber afirmam querer justiça pelo crime
Em nota divulgada à imprensa, pais de Kelber afirmam querer justiça pelo crime
Os pais de Kelber Pereira, suspeito de matar a companheira Jéssica Ballock, de 23 anos, e o filho Théo Pereira, de três meses, em Blumenau, se pronunciaram nesta quarta-feira, 27. Uma nota oficial assinada pelos escritório de advocacia Gonçalves, que representa a família, apontou detalhes de como Kalleb Pereira – filho de um ano e dez meses de Jéssica e Kelber – chegou até eles em Munhoz (MG).
Segundo o documento, a família ficou sabendo do crime na segunda-feira, 25, após mensagens enviadas pelos familiares de Jéssica. Nesse momento, a mãe de Kelber tentou contatá-lo por diversas vezes, mas sem sucesso.
“Mais tarde naquele dia, o Sr. Kelber entrou em contato com sua genitora por telefone, momento em que a mesma rapidamente pediu que ele deixasse o filho com os avós maternos, e que se entregasse, vez que acreditava que este se encontrava no Estado de Santa Catarina, onde os pais de Jessica residem”, relatam na nota.
Kelber teria então informado que não estava em Santa Catarina, mas que iria se entregar depois de deixar o filho mais velho com ela, em Munhoz. Ainda segundo a família, o neto chegou na casa deles de madrugada, juntamente com outros três homens – nenhum deles Kelber.
“Por volta das 00:30 do dia 26/07/2022, chegou na casa da genitora de Kelber três homens desconhecidos acompanhando o infante, inclusive um deles se apresentou como advogado do Sr. Kelber. Ressalta-se que a família não tinha conhecimento sobre o paradeiro do Sr. Kelber e que em momento algum este informou à sua família onde estava”.
Os advogados informaram que assim que a criança chegou, os avós paternos tiraram fotos e encaminharam para a família de Jéssica. Além disso, que entraram em contato com o Ministério Público e autoridades para deixar o menino em algum lugar seguro e desconhecido até que Kelber fosse preso.
“Por fim, a família do Sr. Kelber manifesta total repúdio aos crimes praticados pelo mesmo, e desde que descobriu o ocorrido se colocou à disposição dos órgãos competentes para que a justiça fosse feita, pois estimam pela segurança do menor e para que o Sr. Kelber pague pelo que fez!”, destaca trecho da nota.
A nota é finalizada com a família informando que apenas se pronunciou após a prisão de Kelber para evitar atrapalhar as investigações policiais. Destacam ainda que estão em luto profundo porque também perderam dois entes queridos.
Jéssica Ballock, de 23 anos, e o filho dela, de três meses, foram encontrados mortos no apartamento onde moravam, na rua dos Caçadores, no bairro Velha, em Blumenau. De acordo com o delegado Ronnie Esteves, responsável pelas investigações, a princípio os policiais foram informados sobre a possibilidade de uma pessoa estar morta dentro do imóvel.
Ao entrarem no apartamento confirmaram o óbito da jovem, mas também encontraram a criança, já sem vida, em cima da cama. Ambos foram degolados com golpes de faca.
Após colher informações, a polícia descobriu ainda que um segundo filho de Jéssica estava sumido. Kalleb Pereira, de um ano e 10 meses, havia sido levado pelo pai Kelber Pereira, principal suspeito do crime, que havia fugido do estado.
O homem suspeito de matar Jéssica Ballock, de 23 anos, e o bebê Théo Pereira, de três meses, foi preso na noite desta terça-feira, 26. Segundo o delegado da Polícia Civil Ronnie Esteves, responsável pelo caso, Kelber Henrique Pereira foi localizado em Paulínia, cidade no interior de São Paulo. A prisão foi realizada pela Polícia Militar do município.
Apesar da informação divulgada nesta segunda, de que Kélber estaria interessado em se entregar em uma delegacia em Bragança Paulista, o suspeito era considerado foragido, após ter a prisão temporária decretada.
Segundo o delegado, Kelber será encaminhado a Campinas, São Paulo, para participar da audiência de custódia. Após a audiência, ele ficará na cadeia pública anexa à Segunda Delegacia de Polícia de Campinas. Para o preso ser transferido para Blumenau depende do sistema prisional.
“Depende do sistema prisional fazer a transferência do preso. A partir da audiência, iremos tratar a possibilidade de trazê-lo à Blumenau”, explica o delegado.
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