Família Fenarreco, um dos símbolos da Festa Nacional do Marreco

Hoje formado por dez crianças com idade entre seis e dez anos, o grupo que anima a festa existe desde 1987

Família Fenarreco, um dos símbolos da Festa Nacional do Marreco

Hoje formado por dez crianças com idade entre seis e dez anos, o grupo que anima a festa existe desde 1987

Dez meninas entre seis a dez anos dão vida às marrequinhas que formam a Família Fenarreco, um dos símbolos da Festa Nacional do Marreco. O grupo, que foi criado nas primeiras edições da festa, já teve várias fases e sempre é presença garantida para alegrar o público no pavilhão de eventos.

A Família Fenarreco teve sua primeira aparição na segunda edição da Fenarreco, em 1987. De acordo com o coordenador geral da Secretaria de Turismo e ex-membro da Comissão Municipal de Turismo (Comutur), que criou a festa, Rolf Kaestner, o grupo surgiu por acaso. “O primeiro cartaz da Fenarreco tinha um velhinho vestido de alemão, a partir da segunda festa, desenhamos o marreco vestido tipicamente e ficou muito melhor porque era o símbolo da festa. Naquela época, era difícil fazer um mascote, não existia material, então fizemos a roupa e a máscara. Ficou tão simpática aquela figura do marreco, fez tanto sucesso, que decidimos continuar nas próximas edições”, conta.

Kaestner destaca que, no início, eram apenas os adultos que faziam parte do grupo. “As crianças adoravam, elas brincavam e se divertiam muito com os marrecos. Naquela época, nem a figura feminina da marreca existia, com o tempo foi melhorando, e as crianças começaram a fazer parte do grupo. Antes, nada era ensaiado, era tudo no improviso, agora, é tudo mais profissional, as coreografias são mais elaboradas”, diz.

Por 20 anos, a bailarina Milana Zanon esteve à frente da Família Fenarreco. Até 2008, ela foi a responsável pela criação das coreografias que as marrequinhas faziam na festa e também pelas fantasias. “Lembro que as crianças que participavam eram alunos com condições financeiras mais simples. A Família Fenarreco fez parte da minha vida, lembro com muito carinho dos anos que passei à frente do grupo. Foram anos muito especiais. Com o passar do tempo, as marrequinhas foram se tornando parte importante da festa”.

De acordo com ela, a intenção do grupo era animar o público. “As pessoas estavam sentadas na mesa, as marrequinhas cumprimentavam, abraçavam, todo mundo achava muito fofo. Tinha aquele carinho, aquela emoção”.

De marrequinha à coordenadora

Atual responsável pela Família Fenarreco, Indiara Cristina Silva, integrou por cinco anos o grupo na adolescência, ainda comandado por Milana. “Quando eu tinha 11 anos, fiz parte da Família Fenarreco. Sempre gostei muito da festa e então, em 2011, eu fui a primeira princesa da festa. Depois que eu passei a coroa, a Secretaria de Turismo me convidou para coordenar a Família Fenarreco”, conta.

O convite foi aceito e Indiara teve a missão de dar uma nova cara para o grupo que anima a festa. Os ensaios iniciam em julho, e as marrequinhas apresentam duas coreografias durante todos os dias da festa. “A Família Fenarreco é o símbolo da festa. O objetivo é ter uma atração divertida e que tenha a ver com o tema do evento”, diz.

As coreografias do grupo misturam os passos da dança germânica com o jazz. “A intenção é divertir e entreter, mas sem deixar de resgatar as tradições e a cultura alemã”, afirma.

Para ela, fazer parte da história da Fenarreco é gratificante. “Temos o feed back do público ali na hora. As pessoas adoram as marrequinhas, querem tirar foto, mexem com elas, é muito legal. Elas adoram fazer parte do grupo, se divertem demais. A função da Família Fenarreco é realmente essa, levar diversão para o público”.

Cabelinhos amarelos

Outro grupo que também virou marca registrada da Fenarreco são os Cabelinhos Amarelos. O grupo formado por dez amigos de Brusque foi criado em 2011 e também é coordenado por Indiara. O objetivo é auxiliar na realização das brincadeiras, como o chope em metro e a corrida de tamanco. “Antes tinha apenas uma pessoa que cuidava das brincadeiras, mas ela não dava conta, então surgiu a ideia de fazer o grupo pra isso”, diz.

O sucesso dos Cabelinhos Amarelos é grande, tanto que o grupo foi batizado assim porque o público começou a chamá-los desta forma. “No começo era uma peruca de espuma amarelo, depois o sucesso foi tão grande que fizemos o molde de lã e deu super certo. As pessoas tocam no cabelo, querem puxar, e todo mundo sabe onde a gente está porque chama muito a atenção”, diz.

Indiara destaca que o grupo virou uma marca da Fenarreco. “As pessoas perguntam onde tem para vender a peruca, mas essa não é a nossa intenção. O nosso objetivo é manter o grupo como uma atração exclusiva da Fenarreco. Onde só aqui as pessoas nos encontrem”.
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