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Família gaúcha que foi acolhida em Brusque volta para o RS e reconstrói vida após enchentes

Casal conseguiu mobiliar casa danificada pelas cheias com doações que recebeu em Brusque

A família da gaúcha Tatiana da Silva, que foi acolhida em Brusque durante as enchentes do Rio Grande do Sul, retornou para o estado natal e reconstruiu a vida após a tragédia. A nora de Tatiana, Renata Machado, conversou com o jornal O Município e contou o sentimento de voltar para Canoas (RS) após ter sido forçada a deixar seu lar.

As 14 pessoas da família vieram para Brusque e se abrigaram na casa do casal Juliana e Alessandro Duarte, que também são gaúchos, em maio. Dois meses depois, no dia 16 de julho, uma terça-feira, Renata voltou para Canoas, pois a empresa em que o marido dela trabalha havia retomado os serviços e ele precisava voltar ao emprego no dia 18.

“Nessa época a água já havia baixado, então conseguimos voltar com tranquilidade. Escolhemos viajar dois dias antes para nos organizarmos, pois ganhamos muitas doações em Brusque. Nós praticamente mobilizamos a casa que alugamos”, conta.

Quando eles voltaram para o estado gaúcho, levaram todas as doações que receberam. À reportagem, ela disse que sente por Brusque uma imensa gratidão. “Ganhamos coisas maravilhosas. A gente é imensamente grato por Brusque e pela vida de cada pessoa que colaborou, com o mais simples que pode. Para nós foi algo muito grandioso”, conta.

“Deus nos enviou para um lugar muito abençoado que é Brusque. Eu nunca vou ter palavras para expressar minha gratidão ao pessoal, que foi muito carinhoso”.

“Deus nos enviou para um lugar muito abençoado que é Brusque. Eu nunca vou ter palavras para expressar minha gratidão”

Voltar para casa

Renata conta que o sentimento de voltar para casa foi de tranquilidade e paz. Para ela, Canoas é a cidade onde todos os elos da vida dela foram criados, junto com amigos e familiares.

Após a água baixar de nível, a casa de Renata ainda estava danificada pela enchente. Ela diz que a residência estava suja, mas que poderia estar muito pior se não fosse o esforço de familiares em fazer a limpeza.

“Os meus sogros, minha cunhada e meus sobrinhos voltaram em maio mesmo, e nós emprestamos a nossa casa para eles, pois no bairro em que eles moram ainda havia água na casa. Inclusive quando voltamos, em julho, eles ainda estavam aqui e ficamos todos juntos”.

Reconstruir a vida após a tragédia

Após a família retornar para Canoas, todos voltaram com suas rotinas, mesmo que impactados com a tragédia. Renata, que é empreendedora e trabalha como manicure, conta que os filhos voltaram para as escolas, com períodos reduzidos, e ela seguiu trabalhando de casa.

“Nossa família está muito bem. Na cidade, ainda há muitas coisas para serem arrumadas na escola, mas a nossa vida seguiu. Apenas alguns hospitais que ainda não voltaram a operar. Foi um momento difícil e desesperador quando tudo aconteceu, mas somos gratos a Deus pela nossa vida”.

“Foi um momento difícil e desesperador, mas somos gratos a Deus pela nossa vida”

Confira como foi a convivência entre as famílias em Brusque:


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