Família que levava vida de luxo é presa após operação da PF em Balneário Camboriú
Grupo criminoso movimentou mais de R$ 100 milhões de reais nos últimos três anos
Na manhã desta quinta-feira, 26, a Polícia Federal, junto do Ministério Público, deflagrou a operação fim do mundo, visando combater a lavagem de dinheiro vinda do tráfico de drogas e armas. Uma família foi presa em Balneário Camboriú.
Na ação, cerca de 100 policiais federais cumpriram 18 mandados de prisão preventiva e 31 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina contra três grupos criminosos que, juntos, movimentaram mais de R$ 100 milhões de reais nos últimos três anos.
Além dos mandados acima, foram pegos 15 imóveis, 19 automóveis e duas embarcações, nos municípios do Rio de Janeiro, Mangaratiba, Angra dos Reis, Balneário Camboriú e Foz do Iguaçu. Além disso, foram bloqueadas mais de 32 contas bancárias vinculadas à organização criminosa. Ao todo, a constrição patrimonial totalizou mais de R$ 22 milhões de reais.
Investigação
A investigação teve início em maio de 2020 com o objetivo de combater o tráfico de drogas e a lavagem de capitais de uma organização criminosa com atuação em uma comunidade do RJ.
No decorrer das investigações, foram identificados três grupos oriundos, da mesma facção criminosa, que buscavam dar aparência lícita a dinheiro obtido por meio de atividades ilegais.
Grupos
O primeiro deles era liderados por dois irmãos, responsáveis pela inserção de drogas e armas nas comunidades do Rio de Janeiro. Eles utilizavam o lucro da atividade criminosa para adquirir imóveis de alto padrão em Balneário Camboriu, em nome de terceiros, com auxílio de um casal de corretores catarinenses. Dentre os denunciados, estão a mãe, as esposas e as irmãs dos líderes da organização criminosa que ostentavam uma vida de luxo no município e movimentavam valores exorbitantes em suas contas bancárias.
O segundo grupo, responsável pela inserção de drogas no Rio de Janeiro e Belo Horizonte, utilizavam-se dos valores obtidos com o tráfico de drogas para adquirir automóveis de luxo e imóveis em condomínios de alto poder aquisitivo. Durante a investigação foram identificados imóveis em Angra dos Reis, Mangaratiba e Recreio dos Bandeirantes, no RJ, todos sequestrados por meio de ordem judicial.
O terceiro grupo criminoso, também atuava no tráfico de entorpecentes. Se valia de empresas com baixo lucro para ocultar a origem do dinheiro obtido.
Penas
Os investigados responderão pelo crime de lavagem de dinheiro e de organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 24 anos de prisão.
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