A família do agricultor Argeu Pereira, é uma das que ainda aguarda por uma moradia – Crédito: Taiana Eberle |
A lembrança de ver a casa sendo soterrada por um morro e perder tudo que havia conquistado com muito trabalho e esforço, ainda emociona a família do agricultor Argeu Pereira, 57 anos. Há três anos e meio o incidente mudou a vida dele, da esposa e dos três filhos, que foram uma das vítimas das catástrofes que atingiram Guabiruba, em novembro de 2008.
Com a perda da residência, a família morou com parentes, em uma casa emprestada, e desde 2009 precisa todos os meses pagar aluguel, já que até hoje não consegui ter novamente uma residência própria.
O caso de Argeu é um dos outros 11 que foram cadastrados na Assistância Social de Guabiruba para receber uma nova moradia, prometida aos atingidos pela enchente daquele ano. Entretanto, no local onde as famílias deveriam estar morando, o que ainda se encontra é um terreno vazio.
Isso porque, a construção das moradias, que hoje está sob resposabilidade da Companhia de Habitação (Cohab) do Estado de Santa Catarina ainda não saiu do papel. E a promessa de um novo lar ainda é uma realidade distante para os atingidos.
– Só recebemos promessas até hoje, e mais nada. Fui várias vezes na prefeitura para saber das casas, a Cohab disse que até fevereiro iria entregar, mas atá agora não recebemos nada – comenta o agricultor.
Em relação ao caso, o diretor da Defesa Civil de Guabirba, Jaison Knoblauch informa que após o financiamento do terreno e a transferência da área para a Cohab, a responsabilidade da construção é da companhia.
-Sabemos que as moradias precisam ser feitas. Estamos cobrando e o que eles (Cohab) nos passam é que estão terminando o projeto da construção para entrar na fase de licitação – afirma o coordenador.
**Confira a matéria compelta e o parecer da Cohab sobre o caso, na edição impressa do Jornal Município Dia a Dia desta segunda-feira, 28 de maio.
*Texto atualizado às 22h55 desta sexta-feira, 24 de maio.