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Famílias do bairro Limeira limpam residências afetadas por alagamentos em Brusque

Alagamento pegou famílias de surpresa

Após as fortes chuvas que vêm atingindo a cidade de Brusque e região, várias famílias perderam móveis e ficaram desabrigadas. Algumas famílias da rua Victorio Otaviano Floriani, do bairro Limeira, uma das regiões mais afetadas da cidade, foram pegas de surpresa pela água que surgiu durante a madrugada de quinta-feira, 1º.

A Prefeitura de Brusque colocou Arena Brusque à disposição para abrigar famílias que tiveram suas casa afetadas pela água ou por deslizamentos de terra.

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Brusque está realizando uma campanha de arrecadação de itens junto à comunidade em prol das famílias desabrigadas.

Família Junkes

A família Junkes, que mora na mesma rua, teve muitas perdas, mas comparadas a outras famílias, os danos foram leves. As filhas de Celina Junkes, Gabrieli Junkes, de 24 anos, e Catherine Junkes, de 28, contam que só tiveram tempo de pegar seus filhos, arrumar uma mala com leite e poucas roupas e sair. “Quando os vizinhos nos chamaram, a água já estava no meio da rua”. Elas ressaltam que em questão de 10 minutos, enquanto pegavam o essencial e algumas coisas dos bebês, a água da rua já estava na altura da canela.

Essa é a primeira vez que a família passa por essa situação na cidade. Moradoras de Brusque há 13 anos, e há 9 na residência atual, elas se recordam de que no ano passado a quantidade de água presente era bem menor e que a parte interna da casa por pouco não fora atingida.

A primeira ação das meninas foi pegar o carro, colocar as crianças pequenas no veículo e ir para outro lugar onde não estivesse alagado. Dessa forma, com o aumento do volume, a casa foi atingida no momento em que ninguém estava presente. Alguns moradores vizinhos conseguiram retirar móveis e realocar eletrodomésticos da família.

Sobre as perdas, Gabrieli conta que a principal foi a da geladeira, que ficou debaixo d’água. “As pessoas vieram e ajudaram. Como estávamos na FIP, sem acesso para o bairro, eles levantaram a cama e tentaram salvar o que davam. Os móveis incharam, as roupas dentro do guarda roupa molharam”.

Vitor Souza/O Município

Catherine, que trabalha como esteticista no Centro da cidade, conta que perdeu materiais de estudo e também alguns equipamentos de trabalho. “Meu quarto foi o primeiro a ser atingido pela água por causa da inclinação da casa, então começa lá e depois vai para o resto dos cômodos. A maioria das coisas que estavam próximas do chão foram perdidas”, diz.

Com receio de que a água não parasse de subir, e consequentemente ficassem presas com as crianças, Gabrieli e Catherine citam que pensaram somente nos menores, e que se soubessem que haveria uma diminuição no volume dos alagamentos, teriam conseguido salvar mais bens além de ajudar outros vizinhos.

A família passou a noite em um hotel onde a mãe trabalha como camareira.

Alagamento surpresa

Ariane Amorim, de 28 anos, auxiliar de escritório, é vizinha da Família Junkes e diz que também foi pega de surpresa durante a madrugada. Ao levantar da cama a água já estava na altura dos pés. Ela e a família passaram o dia levantando e reposicionando seus pertences.

Eles conseguiram tirar a sujeira expressiva do local, mas passaram a noite dormindo com as camas molhadas em cima de tapetes. Ariane conta que vários móveis foram danificados pela água devido ao seu material.

Vitor Souza/O Município

Problema recorrente

Jessica dos Santos, de 33 anos, mora na rua Eugênio Brandt com Roselis Lang, de 53, prestadora de serviços gerais, rua ao lado da citada anteriormente, conta que o problema é recorrente e que já esperava que o fato fosse ocorrer. “Não é todo ano que acontece, mas já temos essa expectativa”.

De acordo com ela, por volta das 5h30 os vizinhos estavam chamando uns aos outros e retirando tudo o que podiam para que a água não atingisse os pertences. A altura da água em sua casa chegou até os joelhos. No momento ela estava dormindo e não conseguiu acordar a tempo de salvar uma grande quantidade de materiais.

Vitor Souza/O Município

Jessica ressalta que pelo fato desse problema ser recorrente ela possui medo de comprar certas coisas, pensando que um dia a água possa entrar em casa e comprometer os novos pertences.

Moradora da residência desde os 8 anos de idade, Jessica diz que a situação vivida neste ano foi muito parecida com a enchente de 2008.

Sobre as perdas, as moradoras mencionam que roupas, móveis e eletrodomésticos foram danificados. Outra perda muito sentida pelas duas foi a de seu coelho de estimação, por causa da água.

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