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Após ter cassação anulada pelo STF, ex-vice-prefeito Farinha fala sobre o futuro político

Desde que foi afastado da prefeitura, em 2015, pepista se dedica aos negócios

Absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) das acusações de abuso de poder político e econômico, que levaram à cassação de seu mandato de vice-prefeito, Evandro de Farias, o Farinha (PP), afirma que não deverá participar como candidato nas eleições de 2018.

Embora a lei assim o permita, já que ele teve restabelecidos seus direitos políticos, assim como do ex-prefeito Paulo Eccel, Farinha afirma que, por enquanto, continuará se dedicando aos negócios, e não pretende se candidatar a cargo eletivo.

“Ano que vem não tenho pretensão política nenhuma, quero me dedicar à minha vida particular e profissional. De repente, em 2020, se tiver um projeto político”.

Ele afirma que tem participado de reuniões e discussões do partido, mas não com o mesmo envolvimento como antes. “Tenho ficado mais como observador, agora é outro grupo que está no comando, não participo das decisões”, explica.

Farinha, assim como o ex-prefeito, foi retirado do mandato em março de 2015, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que os condenou por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2012, por conta de um informativo editado pela prefeitura ter sido considerado propaganda irregular.

Tudo isso foi anulado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que restaurou a decisão de primeira instância que havia absolvido Paulo e Farinha.

“Moralmente, estou feliz com a decisão, a Justiça tardou muito, mas não falhou. Desde o inicio eu sempre acreditei na nossa inocência”, afirma.

“Não só eu e o Paulo perdemos com isso, mas a cidade. Um projeto muito bonito para Brusque foi rompido e chegou ao fim antes do tempo previsto. A cidade e o cidadão brusquense perdeu muito”, diz Farinha.

Ele ficou um ano e nove meses fora do mandato de vice-prefeito, e afirma que, mesmo com a absolvição pelo STF, o prejuízo econômico e moral não pode ser reparado.

Avalia, entretanto, a possibilidade de buscar no Judiciário compensação quanto aos danos causados a ele pela cassação do mandato. Farinha, porém, ainda está estudando o que é possível fazer nesta situação.

“Moralmente foi muito pesado para a gente, pensavam que a gente tinha aprontado todas. A inocência tardou mas veio. É um tempo agora para tentar entender o que pode ser feito, fomos muito prejudicados financeiramente e moralmente”, avalia.