Farmácias são alvo frequente de assaltos
Somente nas últimas duas semanas foram registrados três roubos nestes estabelecimentos em Brusque
As farmácias se tornaram um dos principais alvos dos criminosos em Brusque. Nos últimos 15 dias, três ocorrências de assaltos a este tipo de estabelecimento foram registradas na cidade. A frequência e a ousadia dos ladrões fazem com que proprietários e funcionários vivam acuados atrás dos balcões.
A Farmácia Maluche mostra como está a situação em Brusque. Em um intervalo de 15 dias o estabelecimento foi roubado duas vezes. A última vez aconteceu na quinta-feira, 30, à noite. Sandra Regina Pessoa, atendente no estabelecimento, conta que dois homens entraram juntos no local. Ambos estavam com capuz, mas isso não impedia que as vítimas vissem os rostos deles.
“Eles entraram e já pediram o dinheiro. Eles ameaçavam com a arma e diziam ‘vou matar, vou matar’ para o farmacêutico”, conta Sandra. Como a farmácia é correspondente da Caixa Econômica Federal, os bandidos foram direto no caixa onde o dinheiro estava, demonstrando ter conhecimento, mas já não tinha mais nada ali. A ação levou cinco minutos e causou um prejuízo de R$ 850 para o comércio – que conta com sistema de monitoramento, no entanto isso não afugentou os criminosos.
Assim como no primeiro assalto, no dia 15 de outubro, a Polícia Militar realizou rondas, mas não prendeu ninguém. Na primeira ocorrência, dois homens entraram no estabelecimento e levaram R$ 1 mil. O que chama a atenção da atendente é que um dos assaltantes do segundo assalto é o mesmo do primeiro, ou seja, com o êxito, ele resolveu voltar.
A Farma Total, localizada no bairro Águas Claras, também é outra vítima da onda de assaltos que atinge Brusque. Fernando Siqueira Filho, gerente da loja, afirma que só em 2014 foram três assaltos – o último foi no dia 6 de outubro. “Nós chegamos a fazer um abaixo-assinado para o comandante da PM, mas eles também não podem fazer muita coisa porque não depende só deles. É complicado”. A Polícia Militar tem um efetivo curto para atender toda a região do 18º Batalhão, apesar do reforço vindo no meio do ano.
Insegurança
Sandra, da Farmácia Maluche, diz que largará o emprego por conta desta insegurança. Ela afirma que desde o primeiro assalto já estava temerosa e desmotivada para trabalhar, e o segundo roubado serviu para que ela tomasse providências. “Pretendo arrumar outro emprego e sair, porque eu tenho um filho menor e não quero ficar correndo esse risco. Eu tenho medo”, diz.
Siqueira Filho, da Farma Total, conta que o clima entre os trabalhadores ficou mais tenso depois de tantos assaltos. “Não sabemos quando alguém pode entrar aqui para assaltar. O pessoal fica com medo dessa situação. O que a gente sabe é que são esses usuários de drogas.”, diz.