Favo Malhas, de Brusque, entra com pedido de recuperação judicial

Dívida fiscal da empresa está na casa de R$ 81 milhões

Favo Malhas, de Brusque, entra com pedido de recuperação judicial

Dívida fiscal da empresa está na casa de R$ 81 milhões

Com dívida fiscal na casa de R$ 81 milhões, a Favo Malhas, que fica no bairro Nova Brasília, em Brusque, entrou com pedido de ação cautelar antecedente ao pedido de recuperação judicial. A empresa trabalha com tecidos desde 1963, com clientes de todo o país e aproximadamente 200 funcionários, além dos prestadores de serviços indiretos.

A empresa informou à Justiça que, desde a crise econômica de 2015, vem enfrentando problemas, que foram agravados no período da pandemia da Covid-19.

Diante desse cenário, a empresa se viu obrigada a contrair dívidas com bancos, fornecedores e até mesmo com seus funcionários, que prejudicam a continuidade das atividades.

O pedido apresentado para a Justiça foi de uma “ação cautelar antecedente ao pedido de recuperação judicial”, tendo sido deferida a medida liminar para suspender as execuções contra a empresa, manter todos os bens considerados essenciais e garantir o fornecimento de energia elétrica. Em 30 dias da concessão da liminar, deverá ser apresentado o pedido principal de recuperação judicial.

A dívida fiscal da empresa, que estava em R$ 60 milhões em 2019, já ultrapassa R$ 81 milhões em 2022, sendo que o faturamento anual é avaliado em R$ 8 milhões.

Em 24 de outubro, a empresa conseguiu uma decisão favorável para evitar o corte de energia elétrica. O valor definido para o futuro plano de recuperação judicial está em R$ 27,4 milhões, relacionados a débitos com bancos, fornecedores e funcionários.

A empresa soma atualmente R$ 27,4 milhões em débitos sujeitos à recuperação judicial (créditos trabalhistas, bancos e quirografários), R$ 81 milhões em dívidas fiscais e R$ 10,5 milhões extraconcursais com alienação fiduciária.

A juíza de Direito Joana Ribeiro concedeu a liminar para antecipar o período de suspensão das ações e execuções em face da empresa em recuperação judicial. Também proibiu retirada ou constrição dos bens considerados essenciais à sua atividade econômica

Agora, a empresa está responsável por juntar documentação e tem 30 dias para encaminhar à Justiça para formalizar o início do processo de recuperação judicial.

“A intenção da empresa é sanear o seu passivo, com a reorganização de sua produção, negociação com os credores, objetivando o seu soerguimento. Convém destacar que a Favo Malhas atua na cidade de Brusque desde a década de 60, servindo à comunidade, empregando suas famílias, recolhendo impostos para o munício, estado e União, produzindo e circulando bens e serviços à bem da sociedade. A função social e coletiva da Favo é inegável, e a sua recuperação é de grande importância para todos! Acreditamos que todo esse esforço jurídico e administrativo será exitoso”, diz o advogado da empresa, Pedro Cascaes Neto.

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